São Paulo, sábado, 31 de maio de 1997
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Justiça vai decidir eleição da CBB

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma junta de dirigentes está dirigindo a CBB (Confederação Brasileira de Basquete), enquanto uma disputa judicial vai decidir o resultado da eleição de ontem para o cargo de presidente da entidade.
A eleição terminou com 15 votos para o candidato da oposição, Gerasime Nicolas Bozikis, o Grego, 53, presidente da Federação do Rio de Janeiro, contra 11 de Renato Gaia Brito Cunha, 71, da situação, que concorre ao terceiro mandato consecutivo.
Mas uma liminar da Justiça comum de São Luís determinou que quatro dos votos (São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás e Piauí) fossem tomados em separado. Na votação aberta, os quatro votos foram para o candidato da oposição.
As Federações do Maranhão, Bahia e Minas Gerais requereram a medida cautelar, alegando que aquelas quatro federações estavam sem condições de votar porque não tinham comprovado a realização de campeonato infantil ou infanto-juvenil nas suas áreas.
A junta que assumiu o comando da CBB é integrada pelo presidente da Federação Cearense de Basquete, coronel Adelson Leite Julião, pelo superintendente da CBB, Eddio Alves, e pelo advogado Antonio Jurado Luque.
A CBB, sob o comando de Brito Cunha, decidiu realizar a Assembléia Geral em São Luís, Maranhão, a 3.015 km de distância do Rio, onde fica a sede da entidade.
As 26 federações regionais filiadas à CBB compareceram.
"São Paulo realiza mais de 3.000 jogos por ano. É a principal organização de basquete do Brasil. Todos sabem que temos todas as categorias menores. Vamos apresentar todos os documentos", afirmou Toni Chakmati, 61, vice-presidente da Federação Paulista.
Sem os quatro votos tomados à parte, a eleição fica empatada em 11 a 11. Caso esse resultado seja mantido, por ser mais idoso, Brito Cunha vence o pleito.
João Carlos Gomes Ferreira, 57, um dos advogados da oposição, disse não temer a decisão judicial.
"A liminar que determinou os votos em separado deve ser cassada ou revogada em São Luís. Mas também recorreremos na 24ª Vara Cível do Rio de Janeiro, foro da CBB", disse Ferreira.
A assembléia, presidida por Jurado Luque, que participou como representante do Rio de Janeiro, decidiu também não aprovar as contas da atual gestão. A nova gestão irá até o ano 2001.
Votaram na oposição: Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Alagoas, Piauí, Ceará, Pará, Amapá, Amazonas, Roraima, Mato Grosso e Goiás.
Votos da situação: Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe, Bahia, Distrito Federal, Minas Gerais, Paraíba, Acre, Rondônia e Mato Grosso do Sul.

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