São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Apoio à CPI é de 45% em comissão

OSWALDO BUARIM JR.
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Um dos acusados de ter vendido o voto, o deputado Osmir Lima (PFL-AC), é membro da CCJ. Osmir disse que não se sente impedido de continuar na comissão.
Segundo o presidente da CCJ, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), qualquer decisão sobre a substituição do deputado depende de seu partido, o PFL.
Relator
O relator do projeto de resolução que cria a CPI da Reeleição não será um deputado que "assinou a lista de criação da CPI", segundo afirmou o presidente da CCJ. Cabe ao presidente da comissão a escolha do relator.
Henrique Alves disse que também não pretende indicar relator um deputado que tenha se declarado frontalmente contrário à instalação da CPI da Reeleição.
"Vou escolher alguém que não se sinta comprometido com a tese da CPI nem seja absolutamente contra", disse Alves, que pretende escolher o relator amanhã.
A CCJ tem prazo de até 40 sessões plenárias da Câmara para decidir pela instalação ou arquivamento da CPI da Reeleição.
O projeto só irá a votação no plenário da Câmara se for aprovado pela CCJ ou se a oposição, que defende a abertura imediata de uma CPI, reunir o mínimo de 257 assinaturas de deputados favoráveis à votação em regime de urgência.
A oposição conta, por enquanto, com 168 assinaturas de deputados favoráveis à urgência.
Cassação
Na semana passada, o deputado Almino Affonso (PSDB-SP) renunciou ao cargo de relator do processo de cassação dos três deputados acusados de vender votos a favor da reeleição -Osmir Lima, Zila Bezerra (PFL-AC) e Chicão Brígido (PMDB-AC).
O deputado Nelson Otoch (PSDB-CE) foi escolhido para o lugar de Almino, que renunciou ao cargo por entender que a CCJ não teria poderes para convocar testemunhas que considera fundamentais para esclarecer a denúncia.
Almino defendeu a abertura de uma CPI ao renunciar ao cargo.

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