São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997 |
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Empresário tem medo de pegar ônibus
LUCIA MARTINS
Acompanhado pela reportagem da Folha, na última quinta-feira, Sanchez fez um passeio-teste pela avenida Paulista (centro) e parque Ibirapuera (zona sul). Tentou se comunicar com as pessoas em inglês e espanhol. Sanchez tentou ainda conseguir um mapa em dois centros de informações turísticas. Primeiro, na Paulista, e depois no Ibirapuera. Ambos estavam fechados por causa do feriado. Com a grande maioria das pessoas com que tentou conversar (vendedores de rua, taxistas, jornaleiros e até recepcionista de museu), Sanchez não conseguiu ser entendido em inglês. Mesmo em espanhol teve dificuldades. "O problema é que aqui as pessoas não estão habituadas a ouvir uma língua estrangeira. Mesmo quando tento conversar em espanhol, elas demoram a decodificar a língua", disse. O empresário vem a São Paulo pelo menos cinco vezes ao ano e diz que nunca teve problemas porque "sabe fazer turismo". "Quem não tem experiência e vem para cá pode se dar muito mal. Se perder, ser assaltado, ser enganado..." Ele conta que "põe um disfarce" quando chega: usa roupas simples, tira o relógio e não se "comporta como um turista" ("não fazer perguntas bobas em uma língua estrangeira em locais perigosos"). "Nunca fui assaltado, enganado ou me perdi nesta cidade, mas acho que é porque sei me virar", diz Sanchez. Mas mesmo afirmando que não tem medo de nada em São Paulo, Sanchez nunca teve coragem de pegar ônibus ou andar de metrô. Texto Anterior: São Paulo desperdiça turista gastador Próximo Texto: Há algo perdido em SP: eu Índice |
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