São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Placas vão decifrar labirinto paulistano

LUCIA MARTINS
DA REPORTAGEM LOCAL

A Anhembi Turismo, responsável pelos projetos do setor, pretende colocar mais 800 m² de placas na cidade ainda este ano.
Esse é um dos maiores projetos em andamento e pretende resolver aquele que é apontado pelos visitantes como o pior problema da cidade: a falta de sinalização.
"Sabemos que é fácil se perder em São Paulo e que essa é a maior reclamação", diz Valter Lessio, 43, diretor de turismo da Anhembi.
A prefeitura deve gastar cerca de US$ 1,2 milhão na colocação de placas. A grande maioria delas (gasto de US$ 800 mil) serão de "sinalização pontual", isto é, próximas ao "ponto" (um prédio histórico, por exemplo). As outras serão colocadas em calçadões e ruas.
Ainda para ampliar os serviços oferecidos ao turista, a Anhembi quer instalar mais cinco estandes de informações até o final do ano. Hoje, há dez na cidade.
O grande problema é que esses estandes não funcionam nos feriados e não existem em pontos chaves da cidade, como, por exemplo, no aeroporto de Congonhas. Em 45 dias, segundo Lessio, será instalada uma central de informação lá. "Tivemos problemas para conseguir um espaço no aeroporto, mas está tudo resolvido", diz Lessio.
Hoje, um turista que chega a Congonhas não pode pegar, por exemplo, um mapa da cidade. Já em Cumbica, um aeroporto internacional, há um estande de informações administrado pela Secretaria de Turismo do Estado.
Aula para PMs
Outra iniciativa que a Anhembi também promete colocar em prática no segundo semestre deste ano são os cursos para taxistas, PMs e de formação de guias.
Em julho, duas turmas -com 150 PMs cada- devem ser formadas. Os policiais receberão noções básicas da cidade (localização dos prédios históricos, por exemplo), boas maneiras e, mais tarde, noções de inglês.
No mesmo mês, os taxistas também voltam a ter aulas de inglês e espanhol. E, para fechar o quadro, novas turmas para formar guias também deverão ser formadas. Todas essas aulas, segundo Lessio, estão confirmadas, mas ainda não existe um cronograma fechado.
A Anhembi também está programando a criação de um programa de "conscientização turística" nas escolas no segundo semestre. A idéia, segundo Lessio, "é fazer com que as crianças de 9 a 12 anos aprendam a lidar com os turistas".
Para isso, estão sendo organizadas visitas a prédios históricos, palestras e até a distribuição de revistas com histórias em quadrinhos sobre o tema.
"As crianças são muito importantes nesse processo de tentar fazer com que a população de São Paulo fique consciente de seu turista", diz Lessio.

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