São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Logística enfrenta falta de profissionais

CARLA ARANHA SCHTRUK
DA REPORTAGEM LOCAL

Ainda pouco conhecida, a logística é uma área que deve oferecer cada vez mais oportunidades de trabalho e com boa remuneração.
O diagnóstico, do presidente da Aslog (Associação Brasileira de Logística), Arthur Anthony Hill, 35, também é endossado por outros profissionais do setor.
Ele diz que "há poucos especialistas no assunto, enquanto existe uma demanda grande, cada vez maior, por esse profissional".
Mas, antes de se interessar pela área, é preciso entender o que é logística. A ciência trata do fluxo ou distribuição de produtos desde o seu ponto de origem ou de fabricação até os locais de consumo.
A distribuição de um jornal, por exemplo, envolve logística. Ele precisa estar nas bancas ou nas casas dos assinantes, todos os dias, até um determinado horário.
"É fácil entender que a logística é o fator de diferenciação entre uma empresa e outra", diz Hill. Daí, segundo ele, a procura cada vez maior por especialistas.
Poucos cursos
Para outro profissional da área, Armando Passeri, 37, o único problema que o setor enfrenta é a absoluta falta de cursos de formação.
"Há uma carência. Sei que alguns esforços estão sendo feitos por algumas instituições de ensino, mas tudo isso está em uma fase muito embrionária e muito aquém das necessidades de nosso país."
A grande maioria dos profissionais que trabalham em logística é formada em administração de empresas ou em engenharia, segundo Passeri, que é gerente de transporte da Johnson & Johnson.
Para se especializar, o caminho é procurar cursos rápidos ou aprender na prática, alternativa encontrada por muitos profissionais.
Quem acaba adquirindo a experiência e a qualificação necessárias para atuar no setor recebe uma remuneração que pode chegar a até R$ 200 mil anuais, no caso de um vice-presidente internacional.
Um gerente de logística recebe cerca de R$ 5.000 por mês, segundo Arthur Hill, da Aslog. No início de carreira, é comum ganhar aproximadamente R$ 1.500 mensais.
Outra possibilidade é ganhar por hora ou por trabalho -nesse caso, como consultor. Adriano Malatrasi, 33, diz que a remuneração gira em torno de R$ 3.500 por semana.
Ele diz que há um bom mercado para consultores de logística, tanto nas capitais como no interior.
"Atuo no interior do Estado, na região de Ribeirão Preto, e sempre há oferta de trabalho. Não pense que são só as grandes empresas que contratam o consultor."
Ele diz que as pequenas e médias também descobriram a importância de ter bom planejamento logístico.

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