São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Tradição pode 'equilibrar' clássico

ALEXANDRE GIMENEZ

ALEXANDRE GIMENEZ; VALMIR STORTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Corinthians e Palmeiras apostam em partida igual, hoje, no Morumbi, pelo quadrangular final do Paulista

VALMIR STORTI
A tradição de uma rivalidade de 74 anos, 42 títulos paulistas (21 para cada time) e 169 jogos na competição está sendo usada por Corinthians e Palmeiras para dar uma conotação de equilíbrio à partida que as equipes fazem hoje, às 16h, no estádio do Morumbi, pelo quadrangular final do Paulista-97.
Os dois times vivem momentos antagônicos. O Corinthians venceu a primeira partida do quadrangular por 4 a 3 contra o Santos. Já o Palmeiras foi goleado pelo São Paulo -4 a 1.
Para continuar na briga pelo título, o Palmeiras precisa vencer. O Corinthians pode empatar e decidir sua sorte na competição na última rodada do Paulista, na próxima quinta, contra o São Paulo.
Desemprego
O Palmeiras demitiu toda a comissão técnica na última segunda-feira. Assumiu o lugar do treinador Márcio Araújo, interinamente, Sebastião Lapolla, diretor de futebol remunerado da equipe. Luiz Felipe Scolari, contratado, só assume o time no Brasileiro.
Lapolla não dirigia um time desde o início de 95, quando trabalhou nos Emirados Árabes.
A equipe não vai contar com seus principais atletas: Cafu, Djalminha -na seleção-, Cléber e Leandro, machucados. A outra estrela do time, Viola, é dúvida.
O Corinthians vive uma situação mais serena. Dos titulares, apenas Marcelinho -suspenso- e Rodrigo -machucado- não jogam.
"Eles (os jogadores do Corinthians) precisam respeitar o Palmeiras. A motivação de um clássico é diferente", disse Lapolla.
O interino disse que seu adversário leva um "ligeiro favoritismo".
"Nossa equipe está mostrando um grande poder de reação. Meus jogadores têm brio suficiente para superar essa situação adversa", afirmou Lapolla.
Depois de ter dito no início da semana que iria dar o tiro de misericórdia no Palmeiras, o atacante Donizete mudou seu discurso.
"O Corinthians passa por um momento melhor que o do Palmeiras, mas vai ser um jogo difícil, porque eles estão nos estudando."
Apesar disso, o atacante, que marcou três gols na última partida entre os dois clubes, quando comemorou imitando uma pantera, mantém a confiança, mas não fala em comemorações especiais.
"Estamos conscientes de que faremos um bom trabalho e de que vamos ganhar esse jogo, mas depois falamos de comemorações."

LEIA MAIS sobre a partida entre Corinthians e Palmeiras nas págs. 4-3, 4-4 e 4-12

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