São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997
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Infantil da Manchete quer lançar 'nova Shirley Temple'

ELAINE GUERINI
DA REPORTAGEM LOCAL

Com apenas cinco anos, Debby Lagranha entra para a galeria de apresentadores de TV. A partir de julho, a menina passa a comandar na Manchete a nova edição do "Clube da Criança" -programa que já foi pilotado por Xuxa, Angélica, Mylla Christie e Simony na emissora.
Ao contrário de suas antecessoras, Debby não será animadora de auditório. Sozinha no estúdio (ou acompanhada por outras crianças), ela vai contar histórias, criar brincadeiras com bonecos, ensinar músicas, além de apresentar os desenhos animados, que compõem a base do programa.
Para gravar o piloto, que já foi aprovado pela Manchete, Debby teve de decorar nove páginas de texto. "Agora, como ela já está entrosada, o pessoal da produção só dá o tema e Debby improvisa. As situações são frutos da imaginação dela", conta a mãe Therese Lagranha, 45.
A idéia de colocar a garota no comando do "Clube da Criança" partiu do presidente das empresas Bloch, Pedro Jack Capeller, que se impressionou com sua performance em comerciais de TV.
Desde que estreou no setor, aos dois anos e quatro meses, a menina já atuou em 21 produções. Entre elas, um anúncio da Nestlé com a participação de Roberto Carlos.
"O comercial que o Cappeler mais gostou foi o dos eletrodomésticos Malori, em que Debby está um pouco parecida com a Shirley Temple. Eles estavam justamente procurando uma menina com aquela desenvoltura", conta a mãe, referindo-se à atriz mirim que fez sucesso nas telas dos EUA nos anos 50.
Quando não está gravando, a apresentadora divide o seu tempo entre o curso pré-escolar e as aulas de balé, natação, inglês e informática. "Também gosto de assistir o 'Castelo Rá-Tim-Bum' e de brincar de pega-pega e de toca do coelho", diz.
"Ela é muito dinâmica, não consegue ficar parada", conta a mãe. Sobre a entrada precoce de Debby na TV, Therese afirma que sua carreira está sendo ponderada pelos pais. "Estamos preocupados com a superexposição. Não queremos que a TV tire a sua ingenuidade infantil."
(EG)

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