São Paulo, domingo, 1 de junho de 1997 |
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Efeito IOF derruba vendas de carros novos
HENRIQUE SKUJIS
Efeito IOF derruba vendas carros de novos O aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% para 15%, determinado pelo governo no início de maio, fez as vendas nas concessionárias autorizadas caírem até 30%. Na verdade, segundo os concessionários, o que causou a queda nos negócios foi o susto que o anúncio da medida causou no consumidor, o efeito IOF. Para Sérgio Reze, presidente da Fenabrave (reúne as concessionárias), o consumidor se assustou mais do que devia com a medida. O dirigente afirma que a maioria das revendas absorveu o aumento. Essa absorção foi feita com taxas de juros menores, descontos mais generosos e a volta de algumas promoções. As concessionárias também apostaram no leasing, que não sofre a incidência do IOF. Ou seja, o aumento do imposto pouco deveria mexer no mercado. Mas o consumidor se acautelou e resolveu esperar para comprar. A revenda Primo Rossi (VW), por exemplo, mesmo reduzindo os juros para o leasing, enfrentou uma queda de 22% nas vendas. Para atrair o cliente, a partir da próxima semana, quem comprar Gol ou Parati "ganha o ar-condicionado de graça", diz Vitório Rossi Júnior, diretor da revenda. Naul Ozi, diretor comercial da concessionária Sopave (VW), calcula que as vendas caíram cerca de 10%. "O IOF gerou um efeito psicológico no cliente", diz Ozi. A concessionária Giovani (GM) também perdeu vendas. "Mesmo reduzindo os preços e os juros, a queda foi de 30%", afirma Miguel Vaiano, gerente de vendas. Mauri Misaglia, diretor da Trans-Am (GM), acredita que o consumidor ficou "confuso". Suas vendas caíram 20%. Na Ford Eufrasio, as vendas devem cair 15%, mas o faturamento não seguirá a mesma queda, pois ainda há muitos carros encomendados para entregar, diz Eufrasio Júnior, diretor. (HS) Texto Anterior: CARTAS Próximo Texto: Japão começa a fabricar carros elétricos a partir deste ano Índice |
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