São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
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Corrida contra o relógio; Calendário apertado; Fiel escudeiro; Batendo asas; Três é demais; Cobertor curto; Freio pefelista; Sem saída; Desgraça alheia; Pratas da casa; Ah, eu tô maluco!; Dor infinita; Batendo o pé; Factóide federal; Salvo pelo gongo

Corrida contra o relógio
Se não prorrogar o FEF até o dia 30, o governo terá que repassar integralmente para Estados e municípios todo o dinheiro que estava retendo até agora. Só neste semestre, a quantia soma algo em torno de R$ 1,1 bi.

Calendário apertado
Mesmos os líderes governistas acham muito difícil aprovar o FEF, que está na Câmara desde fevereiro, até o dia 30. A emenda ainda terá de passar no Senado, em julho, durante convocação extraordinária do Congresso.

Fiel escudeiro
Com ou sem ministério, José Aníbal (SP) deve ser o braço direito de Luís Eduardo Magalhães (PFL), caso o baiano aceite a coordenação política. O ministro da área, Luiz Carlos Santos, seria esvaziado na prática.

Batendo asas
O interesse de Luís Eduardo em José Aníbal é ter a seu lado um tucano que hoje está mais ligado ao seu projeto de poder do que ao PSDB. Aníbal, na prática, engoliria Aécio Neves (MG), que anda mal avaliado no Planalto.

Três é demais
Argumento de Luís Eduardo para deslocar Santos do Planalto: Iris Rezende (Justiça) e Eliseu Padilha (Transportes) foram impostos a FHC pelo PMDB sob a alegação de que fariam a articulação com o Congresso.

Cobertor curto
Uma das hipóteses para a acomodação das forças governistas seria o deslocamento de Luiz Carlos Santos para o lugar de José Roberto Arruda (DF). Problema: os tucanos gostariam de um ministério como compensação.

Freio pefelista
Justificativa de um tucano para o convite a Luís Eduardo Magalhães: é um dos poucos congressistas em condições de segurar Sergio Motta. FHC já prometeu a ACM que rifa o ministro se ele quiser atropelar Luís Eduardo.

Sem saída
A instalação das cinco CPIs que estão na fila de espera, para evitar a CPI da Reeleição, não é bom negócio para o Planalto. Uma delas, sobre a crise da borracha, é vitrine para ONGs. E a da Conab pode respingar no esquema de apoio político.

Desgraça alheia
Um colaborador de Itamar Franco fez as contas e descobriu que o Planalto tem nada menos do que 15 ministros, senadores e deputados cuidando da articulação política com o Congresso. "Não pode dar certo", ironiza.

Pratas da casa
A direção do PT pretende convidar um terceiro nome para compor a Comissão de Investigação que apura supostas irregularidades no partido. Os mais cotados são Fábio Comparato, Dalmo Dallari ou Paul Singer.

Ah, eu tô maluco!
José Genoino passou o feriado inteiro reunido com petistas para discutir a crise que abala o partido. Ontem à tarde, porém, foi ao Morumbi torcer pelo Corinthians. Saiu comemorando.

Dor infinita
O senador Eduardo Suplicy diz que o PT inteiro já está fragilizado com as acusações de corrupção. E conclui: "É preciso investigar até o fim, mesmo que isso nos machuque ainda mais".

Batendo o pé
Em conversa com amigos, Divaldo Suruagy disse que não deixará o governo de Alagoas antes de maio de 98, quando pretende se afastar para concorrer a uma vaga de deputado federal. Apesar da pressão do Planalto.

Factóide federal
Na avaliação de congressistas, FHC errou ao anunciar que mudará o ministério em dezembro: criou ministros de curto prazo e a expectativa de entrar na campanha com um governo técnico, o que não ganha eleição.

Salvo pelo gongo
Inimigo declarado de Sérgio Motta, Valdemar Costa Neto respira aliviado com sua saída da articulação política. Serjão jogava pesado para tirar Costa Neto da liderança do PL na Câmara.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Ivan Valente (PT-SP), rebatendo a acusação de que a ala esquerda do partido estaria aproveitando-se do escândalo no PT para radicalizar o discurso:
- A esquerda petista não faz luta interna em cima de noticiário desfavorável ao PT. A esquerda, aliás, nunca foi maioria na direção. Que o digam os amigos de (José) Genoino, que com ele compõem a maioria partidária...

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