São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
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Organizadas voltam 'desuniformizadas'

MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
DA REPORTAGEM LOCAL

As torcidas organizadas, banidas dos estádios paulistanos há dois anos, estão de volta. A Folha acompanhou a presença das torcidas nos estádios, e os próprios líderes dizem que elas continuam organizadas.
Isso apesar das proibições impostas pela Federação Paulista de Futebol, pela Polícia Militar e pelo Ministério Público.
Até a Mancha Verde (Palmeiras) e a Independente (São Paulo), que tiveram oficialmente suas atividades suspensas pela Justiça, mantém sede própria e seguem aliciando novos associados.
O quadrangular decisivo do Paulista, envolvendo os quatro times de maior popularidade, serve para comprovar o "ressurgimento" das organizadas. Ou, como brincava um membro da Gaviões da Fiel, que não quis se identificar, ontem no Morumbi: "É a volta dos que não foram."
Também fogos de artifício e instrumentos musicais permanecem vetados, assim como a comercialização de bebidas alcoólicas.
Mas as torcidas organizadas começam a retomar espaço nas arquibancadas.
"A Independente, que chegou a levar cerca de 15 mil torcedores aos jogos decisivos do São Paulo, traz hoje 3 mil pessoas, mas traz", afirma Marco Fábio Freitas, vice-presidente da organizada são-paulina.
Ontem, no Morumbi, a PM apreendeu faixas da Gaviões da Fiel. A maior torcida organizada brasileira (tem 46 mil associados) ocupou 40% das arquibancadas e entoou gritos de guerra.

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