São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
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A saída de Negrão

CIDA SANTOS

A seleção -do superatacante Max e do levantador Ricardinho, que agarrou com tudo a chance que está tendo como titular- estréia agora no Brasil. No próximo final de semana, vai jogar com a Argentina, em Belo Horizonte. Por enquanto, tudo bem: seis vitórias e a liderança do grupo. A única questão que ainda está no ar é sobre a saída de Marcelo Negrão.
O motivo, eu, você, todo mundo já sabe: Negrão estava insatisfeito em jogar fora da sua posição. O certo é que a idéia de Radamés Lattari de colocar Negrão na ponta não estava surtindo efeito. O jogador não tem bom passe. Além do mais, era um desperdício deixar Nalbert na reserva. As trocas feitas pelo técnico provaram: nos três jogos em que atuou, Negrão foi substituído por Nalbert.
O jogador, um dos personagens mais entrevistados do noticiário esportivo na última semana, diz que não se importava em ser reserva. O que ele queria era voltar a disputar a sua posição, a de oposto, na diagonal do levantador. Vale lembrar que o atual titular é Max, que está dando um show de bola na Liga. Fica então a pergunta: por que não deixar Negrão na reserva de Max?
Aí que começam os mal-entendidos. Nas entrevistas dadas por Lattari, a frase mais publicada é que, no seu time, joga quem está melhor. E ele não iria tirar o Max. Mas isso é unanimidade nacional: não dá para tirar Max do time. Aí volta a pergunta: por que não Negrão na reserva de Max?
O que chamou a atenção nas entrevistas do jogador foi o relato sobre o dia em que pediu dispensa. Diz que depois do primeiro jogo com a Argentina, falou com o supervisor, Sami Mehlinsky, e com o técnico. Comunicou sua decisão. Dos dois, ouviu a mesma coisa. Pediram apenas para ele assinar um papel se comprometendo a ficar este ano fora do time. Nenhuma conversa a mais. E dessa forma a questão foi resolvida.

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