São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vacinas anti-Aids protegem macaco 1 ano depois, diz estudo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma combinação de duas vacinas conseguiu proteger durante um longo período chimpanzés contra o HIV.
Os resultados do estudo, que serão apresentados na edição de junho da revista "Nature Medicine", mostraram que os animais resistiram à infecção 50 semanas depois de vacinados."Esse é um passo importante até o desenvolvimento de uma vacina contra o vírus", disse Marjorie Robert Guroff, do Instituto Nacional do Câncer e co-autora do estudo.
A vacina principal foi criada a partir da inserção de genes de HIV em um adenovírus, que serve como um táxi, levando os genes do vírus da Aids até a corrente sanguínea do animal.
Os adenovírus são um grupo de vírus que contém a molécula de DNA como material genético. Os retrovírus, como o vírus da Aids, contêm RNA como material genético. O material genético contém as instruções para o funcionamento, reprodução e produção de proteínas nos seres vivos.
Os adenovírus causam, no homem, infecções respiratórias cujos sintomas lembram os do resfriado.
Depois de inseridos, os genes passam a comandar a produção de proteínas de HIV, que estimulam o sistema de defesa a produzir anticorpos contra elas.
A outra vacina foi criada a partir de uma proteína do HIV, que não foi inserida num adenovírus.
Os chimpanzés foram inoculados com a vacina várias vezes durante um período de 24 horas. Nas 24 horas seguintes, foram inoculados com a vacina suplementar.
Quatro chimpanzés ficaram protegidos contra baixas doses do vírus da Aids. Três deles apresentaram proteção contra altos níveis de HIV 50 semanas depois.

Texto Anterior: Canadá escolhe hoje novo Parlamento
Próximo Texto: Pesquisadores transferem cromossomo humano a animal
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.