São Paulo, segunda-feira, 2 de junho de 1997
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Escola de Nova York derruba estereótipos

CARLA ARANHA SCHTRUK
ENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK

Os primeiros momentos na escola podem aumentar a voltagem da sua mente: uma prova de inglês precisa ser respondida.
Nada a temer. O teste serve para medir o conhecimento dos alunos e encaixá-los em turmas adequadas. Não há prova oral.
Surpresas, só quando finalmente começa a aula inaugural. Primeira surpresa: onde está a senhora de óculos (ou senhor) que lhe dava aula de inglês no Brasil?
Foi substituída, na escola Rennert Bilingual, de Nova York, por um time de professores que têm em média 30 anos, possuem diploma universitário e, de quebra, ainda levam os alunos para passear.
Seus colegas também podem significar um segundo rompimento de estereótipos.
O curso de inglês para negócios (ou "business") é intensivo -das 9h30 às 16h30-, e, portanto, deve ser frequentado por executivos sisudos, preocupados só com o aprendizado da língua e em honrar o investimento de US$ 525 por semana. Certo? Errado.
Confira: a idade média dos alunos é de 34 anos, 68% são homens e frequentam o curso por cerca de duas semanas (o mínimo de frequência exigido é uma semana).
O que as estatísticas não mostram é o imenso bom humor da maioria, que faz brincadeiras fora e dentro da sala de aula.
No quesito humor, entra também a dança dos sotaques do mundo todo, em classes com no máximo cinco alunos.
Conteúdo
Durante cinco horas diárias de convivência, os alunos aprendem expressões idiomáticas, analisam jornais de economia e treinam técnicas de discurso e de palestra.
Há também dramatizações com situações típicas de empresa, como reuniões e relacionamento com subordinados.
A ênfase na utilização de vocabulário específico da área de negócios também é grande. Os alunos recebem apostilas relacionando os termos mais usados.
Apenas uma má notícia para fãs ardorosos de recursos audiovisuais: no curso da Rennert Bilingual, assistido pela reportagem da Folha na segunda semana de abril, não foram apresentados vídeos ou fitas com músicas e diálogos.
Isso acaba sendo redimido quando o aluno se vê à solta em Nova York e é obrigado a entender o "quase-inglês" de motoristas de táxi (na maioria estrangeiros) e a pronúncia de moradores de bairros de imigrantes, como Queens, Bronx e Brooklin.

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