São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Imperador elogia economia do país

Akihito defende intercâmbio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O imperador japonês, Akihito, disse ontem, por intermédio de seu porta-voz, que o governo brasileiro está tomando "medidas bastante inteligentes" na área econômica "que levarão o país a um novo rumo".
Segundo o porta-voz Akitame Kiuchi, "o povo japonês" tem a expectativa de que possa haver um fortalecimento no intercâmbio comercial com o Brasil a partir da visita do casal imperial ao país.
"Evidentemente imagino que, com essa visita, o povo japonês se interessará ainda mais pelo país dos senhores", afirmou Kiuchi.
Na prática, essa visita não resulta em nenhum acordo ou contrato, uma vez que o imperador não possui a atribuição de definir políticas e não está acompanhado por empresários ou ministros.
Embora a visita sirva apenas como vitrine, Akihito ouviu do presidente Fernando Henrique Cardoso e do presidente do Congresso, Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA), defesas de melhores relações comerciais.
ACM afirmou que o caminho do Brasil será o mesmo do Japão -"democracia, desenvolvimento econômico e justiça social".
No discurso, o presidente do Congresso se referiu ao imperador como "vossa excelência", quando o tratamento correto é "sua majestade". Imediatamente, ACM corrigiu-se.
O casal imperial, que trocou um café da manhã com 26 frutas por chá com brioches, mel e manteiga, passou o dia em visitas a autoridades e à comunidade japonesa. Pela manhã, a imperatriz esteve com a primeira-dama Ruth Cardoso.
O imperador Akihito visitou o STF (Supremo Tribunal Federal) e perguntou ao presidente do tribunal, ministro Celso de Mello, se havia alguma mulher na composição do tribunal.
Mello disse que o fato de haver uma juíza entre os membros da Suprema Corte japonesa deveria servir de "motivo de inspiração" para o Brasil, após informar que nunca houve uma ministra nos dois séculos de existência do STF.

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