São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997 |
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"Babel" começa com frio, punk-rock, arte e bolo
ERIKA PALOMINO
Logo à entrada, aparelhos de TV imprimem uma das marcas do evento, a interatividade, ao mostrar o que acontece lá dentro junto a imagens de quem chega. Vitrines, instalações, shows, performance, música; tem sempre alguma coisa acontecendo. O ambiente é instigante e, depois de alguns instantes, acolhedor -mesmo com o frio de 10 graus da noite de abertura, anteontem. Cerca de 600 pessoas foram ao local neste primeiro dia. Entre eles o mestre do butô (gênero de artes cênicas japonesas) Kazuo Ohno, 91. Empolgou-se e até ensaiou alguns passos na pista de dança, ainda vazia, ao som de tecno. E gostou tanto que decidiu integrar a programação: no sábado vai se deixar ver durante a maquiagem, na vitrine à entrada do posto. Depois, faz no galpão principal performance ao som de Elvis Presley. O artista performático Cabelo (leia notas abaixo) é um dos destaques, imprimindo modernidade e estranhamento imediatos. Outro destaque da primeira noite foi a banda P.U.S., misturando punk-rock com tecno e percussão africanas. Tatuadíssimos, os vocalistas Ronany e Syoung empolgaram o público com boa presença de palco, agilidade e carisma. Texto Anterior: Jogadores dirigem filmes para 'Quake' Próximo Texto: A programação de hoje Índice |
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