São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Escritora preside ABL

ERIKA SALLUM
DA REDAÇÃO

Em dezembro de 96, Nélida Piñon foi eleita presidente da Academia Brasileiras de Letras (ABL), tornando-se a primeira mulher do mundo a ocupar oficialmente o cargo numa instituição desse tipo.
Em 95 a escritora conquistou, no México, o Prêmio Juan Rulfo, o Nobel da literatura latino-americana. O discurso feito por ela nessa cerimônia foi escolhido para a palestra que a PUC promove hoje.
No texto, Nélida aborda temas como o lugar da mulher na história, a América Latina e o papel de José de Anchieta para a literatura nacional.
"Trato, entre outros, do conceito de memória da mulher, que reivindica ancestralidade. Daquilo que ela não sabe que sabe", define a escritora.
No discurso, intitulado "O Presumível Coração da América", ela escreve: "Guardiã dos sentimentos oriundos dos homens e dos deuses, a mulher conservou no aqueduto de sua singular memória a fulgurante e dramática história universal".
Carioca descendente de galegos, Nélida formou-se em jornalismo e estreou na literatura em 1956, com o romance "Guia Mapa de Gabriel Arcanjo".
Com a agenda inteiramente tomada pelas atividades da ABL, reclama sentir "imensa falta" do ofício de escritora.
"Mas sou uma mulher que tenho enorme sentido do dever e sei levá-lo adiante", finaliza.
(ES)

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