São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997 |
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Escritora preside ABL
ERIKA SALLUM
Em 95 a escritora conquistou, no México, o Prêmio Juan Rulfo, o Nobel da literatura latino-americana. O discurso feito por ela nessa cerimônia foi escolhido para a palestra que a PUC promove hoje. No texto, Nélida aborda temas como o lugar da mulher na história, a América Latina e o papel de José de Anchieta para a literatura nacional. "Trato, entre outros, do conceito de memória da mulher, que reivindica ancestralidade. Daquilo que ela não sabe que sabe", define a escritora. No discurso, intitulado "O Presumível Coração da América", ela escreve: "Guardiã dos sentimentos oriundos dos homens e dos deuses, a mulher conservou no aqueduto de sua singular memória a fulgurante e dramática história universal". Carioca descendente de galegos, Nélida formou-se em jornalismo e estreou na literatura em 1956, com o romance "Guia Mapa de Gabriel Arcanjo". Com a agenda inteiramente tomada pelas atividades da ABL, reclama sentir "imensa falta" do ofício de escritora. "Mas sou uma mulher que tenho enorme sentido do dever e sei levá-lo adiante", finaliza. (ES) Texto Anterior: 'Escrevo como respiro' Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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