São Paulo, quarta-feira, 4 de junho de 1997
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Acusações ao PT; Votos à venda; Videoteca Folha; Acidente na Dutra; Terceirização familiar; Índios e preguiças; Propaganda polêmica

Acusações ao PT
"Apesar do atraso, foram muito elucidativas as reportagens da última semana sobre denúncias envolvendo lideranças do PT.
Roberto Teixeira inocenta Lula e as prefeituras administradas pelo PT, bem como afirma existirem mais de 300 administrações em São Paulo que contratam serviços da Cpem, que não é de sua propriedade. Mas a boataria já se espalhou pelo país sem que o partido pudesse se defender."
Odilon Nunes Botelho Júnior (Brasília, DF)
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"É a primeira vez que ouço falar de esquema de corrupção em que o contribuinte ganha, ao invés de perder. Se existir alguma empresa especializada em arrancar aumentos salariais, entre em contato comigo, urgente. Pago até mais de 20% sobre o que conseguir!"
Ilson Ávila Dominot (Tubarão, SC)

Votos à venda
"A propósito do artigo 'A vida útil de um escândalo', de Fernando Rodrigues (pág. 1-2, 25/5), existe um princípio das sociedades de consumo que diz que todo indivíduo tem direito a três minutos de fama. No Brasil, esse princípio é estendido aos fatos político-jornalísticos, que têm assegurados o direito a três minutos de comoção nacional. Está explicado aí o jeito brasileiro de tratar seus problemas.
Estamos ameaçados de ver a mentalidade da nação corrompida a ponto de achar que é assim que deve ser. Por isso, apelamos para que pelo menos a imprensa trate com mais seriedade e consequência os fatos nojentos despejados diariamente sobre a população."
Etevaldo Vieira de Melo (Belo Horizonte, MG)
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"A Folha parece ter prendido o rabo de vez. De um lado, aparece como paladina da moralidade pública ao divulgar em furo o escândalo da compra de votos. De outro, mostra-se tão comprometida quanto os compradores e vendedores de voto.
Afinal, se o jornalista e o jornal afirmam que o 'Senhor X' dispõe de novas fitas, com novas denúncias e outros envolvidos, e permanecem ocultando esse senhor, não seriam coniventes?"
Sergio Manucci (Poços de Caldas, MG)

Videoteca Folha
"Parabéns à Folha por esse brilhante sucesso, colocando nas edições de domingo fitas de filmes consagrados.
Porém os filmes estão sendo insuficientes na minha cidade. Até para reservar está sendo difícil. Por favor, mandem mais fitas."
Abdalla Zarour (Várzea Grande, MT)
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"Quero manifestar meu descontentamento em relação à discriminação dispensada a nós, assinantes, com referência à Videoteca Folha. Sou assinante há mais de oito anos e, até hoje, nunca desfrutei de uma promoção diferenciada dos compradores de banca."
Luiz Carlos Domingues (São Paulo, SP)

Nota da Redação - A Folha estruturou um sistema especial de entrega domiciliar para atender 96% dos assinantes que desejarem colecionar a Videoteca. O preço de R$ 3 por fita pago pelo leitor de banca é o mesmo preço do assinante. O adicional de R$ 0,90 por fita para manuseio e entrega domiciliar, pago pelos assinantes, é inferior ao custo médio do correio para as cidades atendidas.

Acidente na Dutra
"Espero, sinceramente, que o acidente ocorrido no último feriado na via Dutra, que vitimou promissores atletas, sirva pelo menos para que a imprensa investigue e dê notícias sobre as reais condições da rodovia, deixando de ceder à tentação de apresentar reportagens que até parecem 'releases' preparados pela empresa que a opera."
Angela de Figueiredo (São Paulo, SP)

Terceirização familiar
"É, no mínimo, curioso o fato de a mãe da garota acusada de matar um homem em Nova York criticar a escola de sua filha. Parece-me que isso reflete o pensamento atual dos pais insensatos, inclusive os brasileiros, que 'terceirizaram' seus papéis de pai e mãe e acham que as suas únicas funções na formação de um cidadão são colocá-lo no mundo e dar dinheiro suficiente para que ele faça bastante burrada. Valores, limites, orientações? Esses que fiquem por conta da escola..."
Sandra Margarete Rossi (Valinhos, SP)

Índios e preguiças
"A pesquisa para testar a hipótese de que preguiças terrestres ainda possam existir na Amazônia ('Empresa vende DNA de índios', Mais!, 1º/6) foi devidamente aprovada pela Funai, pelas lideranças da tribo e pelo CNPq em 1994, para ser elaborada junto aos índios karitianas de Rondônia.
Duas expedições foram feitas: de 14 de junho a 16 de julho e de 24 de agosto a 6 de setembro de 1994. Desde então, não voltamos à reserva dos karitianas.
Um relatório sobre as atividades desenvolvidas na reserva dos karitianas foi entregue à Funai (de Brasília e Porto Velho) em novembro de 1994. Os resultados obtidos foram estreitamente dentro da pesquisa proposta e não incluíram a coleta de nenhuma amostra de sangue, nem dos próprios índios nem de nenhum outro ser vivo.
Hilton Pereira da Silva nunca fez parte da equipe dessa pesquisa. Nunca viajou conosco para a área karitiana nem para as outras regiões pesquisadas.
Houve um pacto de sigilo entre os integrantes da equipe de 1994 de não revelar o nome da tribo, com o intuito de evitar constrangimentos e complicações para os índios. Esse pacto foi quebrado por um jornalista em 1996, o que possibilitou a identificação da área por novos interessados."
David C. Oren, Departamento de Zoologia do museu Emílio Goeldi/CNPq/MCT (Belém, PA)

Resposta do jornalista Mario Cesar Carvalho - A informação de que o sangue foi coletado durante a expedição em busca da preguiça gigante é do cacique karitiana Cizino Dantas Morais, um dos guias da expedição.

Propaganda polêmica
"Em relação ao artigo 'Propaganda e 'ética': conselho de comadres' (São Paulo, pág. 3-2 de ontem), parabenizo Marilene Felinto por nos alertar para o fato. Gostaria de saber quais os critérios para compor esse conselho. Nós, mulheres cidadãs, não o merecemos."
Terezinha de Oliveira Gonzaga, presidente da União de Mulheres de São Paulo (São Paulo, SP)

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