São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997 |
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Marginal fica interditada até segunda
MARCELO OLIVEIRA
Esse é o prazo dado pela prefeitura para realizar o escoramento da ponte dos Remédios, que teve fissuras em três pontos, uma rachadura de 15 centímetros de largura e ameaça cair. A ponte, interditada desde a manhã de anteontem, deve ficar sem tráfego por seis meses. Nesse período será feita a recuperação das estruturas, afetadas pela falta de manutenção e infiltração de água. Serão colocadas 124 escoras para sustentação. Já está praticamente descartada a possibilidade de implosão. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) recomenda que os motoristas evitem a área, que deve continuar com trânsito lento, e recomenda caminhos alternativos (veja mapas na página 2). Passam pela marginal cerca de 460 mil veículos por dia. Ontem, por exemplo, só na marginal Tietê houve um congestionamento de 8 quilômetros. Uma interrupção no trânsito nessa via causa problemas em toda a cidade e até nas estradas que dão acesso a São Paulo (leia texto abaixo). A Polícia Rodoviária pede que os motoristas não utilizem as estradas Anhanguera e Bandeirantes, que ligam São Paulo ao interior do Estado. Obras Ontem foi iniciada a colocação de estruturas metálicas para escorar a ponte. Simultaneamente, foi iniciado o trabalho de alívio do peso da estrutura, para diminuir os riscos de desabamento. Cerca de cem operários da empresa Tecpont britaram e retiraram o asfalto da ponte e trabalharam no escoramento. A intenção era retirar 800 das 7.600 toneladas do peso total da ponte, para aliviar o peso e reduzir o risco de aumento das fissuras. Apesar de a ponte ser do DER (Departamento de Estradas de Rodagem), órgão da Secretaria de Estado dos Transportes, a prefeitura assumiu a obra. A prefeitura alega ser mais ágil para a obtenção de recursos e ter mais experiência na área. A prioridade dos dois governos é liberar o tráfego na marginal Tietê. O prefeito Celso Pitta, o secretário de Obras e Serviços Públicos, Reynaldo de Barros, e o secretário estadual dos Transportes, Plínio Asmann, não quiseram falar sobre os custos da obra ou sobre quem seria o responsável pela falta de manutenção da ponte. Sobre a possibilidade de implodir a ponte dos Remédios, o secretário Reynaldo de Barros diz que, apesar dos riscos de a ponte ruir, essa não seria a melhor solução. "Vamos criar uma transferência de problemas. A época de cheias está para chegar e eu quero ver quem vai retirar os restos da ponte de dentro do rio Tietê." LEIA MAIS sobre a ponte nas páginas 2, 4 e 5 Próximo Texto: Precaução de motoristas evita caos Índice |
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