São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997
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IML registra 7 casos por dia de violência contra menor

ANTONIO FLÁVIO ARANTES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O IML (Instituto Médico Legal) de Curitiba (PR) realizou nos primeiros cinco meses do ano uma média de sete exames por dia de corpo de delito em crianças e adolescentes vítimas de violência doméstica.
São 1.083 casos, 15% de todos os laudos elaborados pelo instituto no período. Cerca de 25% dos laudos envolvem violência sexual.
Os números fazem parte de um levantamento elaborado pelo Núcleo de Estudos Sobre a Criança e Adolescente em Situação de Risco da Universidade Federal do Paraná.
Como o levantamento é inédito, não há comparação com outros períodos. No entanto, a assistente social do IML, Dóris Dallmann, há três anos trabalhando com crianças e adolescentes agredidos, afirma que os números têm crescido "significativamente".
A professora Araci Asinelli da Luz, uma das organizadores do seminário sobre violência que será promovido hoje pela UFPR, lembra que o levantamento se refere aos casos notificados.
Para a professora, os números são alarmantes. "É preciso lembrar que Curitiba é uma cidade modelo, com inúmeros projetos sociais voltados para a criança. E isso está acontecendo aqui."
Segundo o levantamento, em relação à violência sexual, 33% dos casos são praticados pelo pai, 30% pelo padrasto, 23% pelo tio e 14% pelo cunhado ou padrinho. Na faixa etária entre 0 e 6 anos, o estudo registra 26 casos de conjunção carnal.

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