São Paulo, quinta-feira, 5 de junho de 1997
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São Paulo recebe 200 mil doses de tríplice

LUCIANA SCHNEIDER
DA REPORTAGEM LOCAL

O Ministério da Saúde enviou ontem a São Paulo 200 mil doses de vacina tríplice bacteriana (DPT) contra difteria, tétano e coqueluche. Hoje, serão enviadas mais 200 mil doses.
Segundo o secretário da Saúde do Estado de São Paulo, Luiz Roberto Barradas Barata, o objetivo principal é abastecer o Estado -único a ter uma campanha de vacinação no dia 21 de junho. Até lá, São Paulo aguarda mais 400 mil doses.
O ministério está repondo a vacina tríplice em todo o país, já que 11 milhões de doses -dos laboratórios da Suíça e Índia- foram recolhidas no ano passado.
Isso porque algumas crianças apresentaram febre alta e convulsões depois de terem sido vacinadas com a DPT.
No dia 21, devem ser vacinadas todas as crianças menores de seis anos de idade que não receberam ou estiverem em atraso com as seguintes vacinas: contra sarampo, caxumba e rubéola; difteria, coqueluche e tétano; poliomielite, tuberculose.
O secretário disse que as pessoas serão vacinadas também contra a febre amarela, nas regiões de risco de transmissão da doença.
Conforme Barata, não há perigo de faltarem vacinas, principalmente a tríplice.
"Além das 700 mil doses de DPT que o ministério está mandando, o Estado comprou 1,5 milhão de doses, que ainda estão em testes. Caso não sejam aprovadas antes do dia 21, o ministério tem como remanejar doses de outros Estados."
O dia da campanha foi antecipado porque há um surto de sarampo no Estado, segundo o secretário. A campanha nacional acontece nos dias 16 de agosto e 18 de outubro.
"Como o frio já chegou e é nessa época que as pessoas contraem mais sarampo, resolvemos antecipar a data, para não causar maiores danos."
Para que não haja mais problemas com vacinas, a presidente da Fundação Nacional de Saúde, Elisa Viana de Sá, disse que o ministério vai criar uma rede de qualificação para que as doses sejam testadas e aprovadas mais rápido.
Elisa afirmou também que as vacinas chegarão ao país por um só lugar -ainda não definido.
"Precisamos centralizar a entrada das vacinas, para manter a qualidade", afirmou.

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