São Paulo, sexta-feira, 6 de junho de 1997 |
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Chuva e ponte fazem SP andar a 5 km/h
CRISPIM ALVES
Às 9h30, já fora do horário tradicional de trânsito, a cidade apresentava 110 km de congestionamento. Às 10h, 105 km. O normal para o horário seriam 40 km. O caos no trânsito se repetia em toda a cidade. O congestionamento atingiu as avenidas 23 de Maio, Rebouças, Consolação, Radial Leste e Paulista. Na marginal, que teve também alagamento em vários trechos, a situação era ainda pior. Por exemplo, para percorrer o trecho de cerca de 5,5 km entre as pontes do Piqueri e dos Remédios, os motoristas levavam até três horas, ou seja 1,83 km/h (30,5 metros por minuto). Às 8h, já havia 82 km de congestionamento, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). O índice saltou para 104 km uma hora depois. A situação só melhorou às 12h, quando o tamanho da fila de carros parados caiu para 57 km. As rotas de fuga propostas pela CET, como o minianel viário, ficaram congestionadas. "Está ruim mesmo. O que dá para fazer estamos fazendo. Nós interditamos o maior corredor de trânsito do Brasil e estamos vendo as consequências", diz Luiz Carlos Cunha, diretor de operações da CET. A interdição da marginal, que deve durar até a madrugada de segunda-feira, poderia ter sido evitada se fossem feitas obras de manutenção na ponte dos Remédios. O DER, responsável pela ponte, já sabia, desde abril do ano passado, que ela apresentava problemas em 50 pontos. Além disso, técnicos do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas, da USP) afirmam que uma vistoria de rotina detectaria a gravidade desses problemas. Em Jandira (Grande SP), duas crianças morreram por causa de um desabamento. LEIA MAIS sobre trânsito e chuvas da pág. 2 à 5 Próximo Texto: Cada dia dá prejuízo de R$ 15 mi Índice |
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