São Paulo, sexta-feira, 6 de junho de 1997
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Chicago teme 'cai-cai' hoje contra o Utah

MELCHIADES FILHO
ENVIADO ESPECIAL A CHICAGO

O Chicago Bulls espera um show de teatro nesta noite, no terceiro tira-teima das finais 96-97 da NBA (National Basketball Association), liga norte-americana profissional.
A equipe ganhou os dois primeiros confrontos, disputados em seu ginásio, o United Center -84 x 82, no domingo, e 97 x 85, anteontem.
A final terá ainda jogos em Salt Lake City no domingo e, se necessário, na quarta. A série será completada com mais dois jogos em Chicago, caso nenhum time conquiste antes quatro vitórias.
Hegemonia
Com mais duas vitórias, leva o quinto título nos anos 90.
Mas não será fácil. O Utah Jazz manda os próximos jogos em sua arena, considerada a mais vibrante da liga americana de basquete.
"A arbitragem ficará inclinada a apitar toda vez que um deles cair", imagina o ala Scottie Pippen. "Eles vão se jogar muito no chão."
"Eles gostam de rondar a cesta, onde o contato é maior. É natural que consigam mais faltas em casa", concorda Michael Jordan, destaque das finais até agora e que anteontem ficou a uma assistência do "triple double" (mais de dez em três categorias estatísticas).
Para o armador Ron Harper, "vai ser um show de encenação".
Domínio
A superioridade do Chicago -principalmente no segundo jogo, em que jamais esteve atrás no placar- é atribuída a três fatores:
1) A marcação dos Bulls desviou propositalmente os armadores do Utah para os cantos da quadra, em que, por razões geométricas, é menor o número de opções de passes. Atordoado, John Stockton, o cérebro da equipe, perdeu 11 vezes a posse de bola nas duas derrotas, 80% a mais do que sua média;
2) O miolo da defesa do Jazz jogou sem firmeza. Anteontem, por exemplo, foi superada em rebotes (35 x 41) e não deu nenhum toco. O gigante Greg Ostertag, 2,18 m, pivô titular, marcou apenas três pontos até aqui nas finais;
3) Michael Jordan desequilibrou, com 69 pontos, 17 rebotes, 17 assistências e 51% de pontaria.
Anteontem à noite, à porta do vestiário no United Center, o técnico Jerry Sloan apontou, resumidamente, a saída do Utah para cada um desses problemas:
1) "Fazer a transição para o ataque com velocidade. Assim, o Chicago não vai conseguir se posicionar na defesa e empurrar Stockton para as esquinas da quadra."
2) "Buscar o contato físico, perseguir a bola o tempo todo. Se nossos jogadores altos voltarem a desapontar, vamos apostar numa escalação mais baixa e ágil."
3) "Rezar."

NA TV - Bandeirantes e ESPN International, ao vivo, às 22h

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