São Paulo, sexta-feira, 6 de junho de 1997 |
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Guga traz fé para o futuro
NELSON NASTÁS
Independente do resultado de amanhã (hoje), ele já fez algo inédito, espetacular, que é mostrar que nosso tênis tem força nacional e internacional. A esperança da Confederação Brasileira de Tênis é que a performance do Guga atraia novos adeptos para o esporte e, o mais importante, desperte o interesse para o investimento de novos patrocinadores. Principalmente do governo, das estatais, dos órgão públicos. Praticamente todos os esportes têm incentivo de órgãos públicos. É o que acontece com o vôlei, com o basquete, com a natação, com o atletismo. Mas o tênis nunca recebeu nada. Nosso patrocínio é zero, mesmo já tendo deixado idéias e projetos no Ministério dos Esportes e das Comunicações. Na verdade, ninguém investe em uma coisa furada. Para algo funcionar no Brasil é preciso de um ídolo, de uma imagem boa. A atuação do Guga pode soar como um despertador. Vale lembrar que ele é fruto de um trabalho feito pela CBT com os jovens tenistas. Em 95, ainda juvenil, em confronto da Davis contra as Bahamas, no Rio, esteve com a equipe para saber como é treinar forçado, o regime de concentração, uma preparação para o futuro. E ele vingou. Enviei-lhe um fax elogiando seu espírito de luta e determinação. Acredito que ele vai para a final. Mas, mesmo que não vá: obrigado, Gustavo, obrigado pelo o que você já fez. Texto Anterior: Avó e mãe são força na torcida Próximo Texto: Hingis, 16, e Majoli, 19, vão à final feminina Índice |
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