São Paulo, sexta-feira, 6 de junho de 1997
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Estatística favorece brasileiro

LUÍS CURRO
DA REPORTAGEM LOCAL

A eficiência no primeiro serviço pode ser a chave para a vitória do brasileiro Gustavo Kuerten, hoje, contra o belga Filip Dewulf.
Os números de suas cinco partidas neste ano em Roland Garros mostram que, quando seu primeiro saque "entra", ele consegue quase sempre um bom resultado.
No tênis, um bom primeiro saque significa a chance de um ponto "automático". É o caso dos "aces" (saques nos quais o adversário nem toca na bola). Kuerten teve 55 -média de 11 por partida.
Além disso, o brasileiro conseguiu 111 saques vencedores (o oponente devolve a bola na rede ou para fora) -média de 22 por jogo.
Quando a bola entra em jogo depois de seu segundo serviço, o brasileiro consegue apenas pouco mais da metade dos pontos (52%). O belga, nesse caso, leva vantagem, obtendo 58,4% de acerto.
Porém, Kuerten permitiu apenas 43% de sucesso aos oponentes após o segundo serviço deles.
Ao mesmo tempo que as estatísticas refletem o poder do primeiro saque de Kuerten (que já chegou a atingir velocidade de 201 km/h), apontam que ele também está conseguindo sucesso "na defesa" -quando não está sacando.
Sofreu só 20 aces -quatro por jogo. O número é animador, levando-se em conta que Dewulf não conseguiu atingir essa média nas suas partidas (fez 3,8/jogo).
E justamente a defesa, segundo os números, parece ser o ponto fraco do belga: levou 54 aces (quase 11 por jogo), 23 deles na última partida, contra o sueco Magnus Norman (cuja velocidade máxima no saque atinge 206 km/h).
Contra o brasileiro Fernando Meligeni, a quem enfrentou e venceu na segunda rodada e que tem em 188 km/h a velocidade máxima em saque, Dewulf sofreu 11 aces.
O braço mais potente do tênis na atualidade é o do australiano Mark Philippoussis, que já atingiu a marca de 229 km/h.
Neste Aberto da França, ele teve média de 17,75 aces por por partida. Disputou quatro -caiu diante do russo Ievgeny Kafelnikov, que foi eliminado por Kuerten.

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