São Paulo, sexta-feira, 6 de junho de 1997
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Ex-aluno é suspeito de matar filho de executivo em Nova York

Vídeo mostra que Jonathan Levin foi roubado em US$ 800

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O filho do presidente da Time Warner, maior empresa de comunicação do mundo, pode ter sido torturado para dar a senha de seu cartão bancário a um ex-aluno que, depois de a ter obtido, o matou com um tiro na cabeça, segundo versão da polícia de Nova York.
O suspeito foi identificado graças a um vídeo de segurança feito enquanto usava o cartão roubado de Jonathan Levin num caixa automático em que retirou US$ 800 na noite de sexta-feira passada, quando o assassinato ocorreu.
Segundo a polícia, Levin, 31, abriu a porta para o seu ex-aluno e o deixou entrar em seu apartamento. De acordo com o depoimento de diversos estudantes da Taft High School, onde lecionava inglês, Levin costumava sair com os alunos, a maioria negros ou hispânicos de classe média baixa.
Levin tinha um padrão de consumo muito inferior às possibilidades de sua família. O pai, Gerald Levin, recebe um dos maiores salários de altos executivos do país.
Apesar de ter sido discreto em relação à fortuna de sua família, o professor contou a seus alunos quem é seu pai quando, no ano passado, lhes passou como tarefa que escrevessem suas autobiografias. A polícia acha que foi essa revelação que pode ter dado ao suspeito a idéia de roubar Levin.
A teoria policial é que, uma vez no apartamento, o ex-aluno amarrou braços e pernas do professor, trancou seu cachorro no quarto, ligou um toca-fitas em alto volume, torturou Levin com uma faca, obteve a senha, sacou o dinheiro e, decepcionado com a quantia obtida, voltou para matar a vítima. O corpo de Levin só foi encontrado na segunda-feira.
(CELS)

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