São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997
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Isca lançada; Manobra em curso; Contra a parede; Receita antiga; Limpar a área; Procura-se; Cidadania; Em campanha; Mágoa no armário; Pressão aliada; Terrorismo virtual; Desânimo tucano; Tem líder que é cego; Partidos de mentira; Aeroporto místico; Jogo casado

Isca lançada
O governo volta a acenar com extrateto salarial para a cúpula do Legislativo, Executivo e Judiciário a fim de aprovar a reforma administrativa. A estratégia é deixar para lei infraconstitucional a regulamentação do teto.

Manobra em curso
Se o teto ficar para lei infraconstitucional, há dois cenários: 1) não se regulamenta nada, tudo fica como está e ele vira letra morta ou 2) na regulamentação, o governo fixa o que quiser, pois precisaria de 257 votos ou menos, dependendo do tipo de lei.

Contra a parede
O teto para o funcionalismo só foi aprovado em primeiro turno graças a acordo com a bancada dos aposentados, que permitiria a acumulação de aposentadorias. Acordo rompido, ou o governo recua, ou perde no voto.

Receita antiga
Ao acenar com extrateto salarial, FHC e Luís Eduardo entregam os anéis para ficar com os dedos. Para reaglutinar a base, o governo está disposto a mimar os parlamentares novamente, cumprindo acordos esquecidos.

Limpar a área
FHC e Luís Eduardo tentam se livrar logo das reformas administrativa e da Previdência. O que for aprovado é lucro. O que cair servirá de discurso para o governo dizer que fez sua parte.

Procura-se
Promotores públicos e parlamentares de Manaus dizem que Fernando Bonfim, que fez acusações recentemente contra o governador Amazonino Mendes (PFL-AM), está desaparecido.

Cidadania
A 8ª Conferência de Presidentes de Parlamentos Ibero-Americanos aprovou proposta de Michel Temer. O documento final da reunião recomenda a criação de disciplina escolar de "instituições democráticas".

Em campanha
Maluf retoma as viagens pelo interior paulista na semana que vem. Vai a Bauru, receber o título de cidadão da cidade e conversar com prefeitos da região.

Mágoa no armário
Lula vai romper relações pessoais com alguns dirigentes das tendências de esquerda do PT. Está magoado com o que considera uso da acusação de corrupção nas administrações petistas na luta interna do partido.

Pressão aliada
O projeto de prorrogação do FEF travou na base governista. O PMDB não aceita que apenas os municípios do Comunidade Solidária sejam isentados. Exigirá compensação para todos. O PFL segue pelo mesmo caminho.

Terrorismo virtual
O Planalto já se convenceu de que não terá o FEF até o dia 30. A partir desta data, o PT pretende divulgar, via Internet, quanto a mais cada município passa a ganhar com a extinção do fundo.

Desânimo tucano
Auxiliares de Covas estão pessimistas quanto à recuperação da imagem do governo. O atraso nas privatizações e o acordo do Banespa vão reduzir bastante as verbas para investimento.

Tem líder que é cego
Amigo de Luís Eduardo Magalhães, José Carlos Aleluia (PFL) não se ilude quanto ao afastamento de Serjão da coordenação política: "Ele foi a Portugal para mergulhar e passou a semana inteira na mídia", constata.

Partidos de mentira
No que se refere à reforma administrativa, Geddel Vieira Lima (BA) diz que nada mudou no PMDB após a indicação de dois novos ministros do partido. "São interesses individuais."

Aeroporto místico
Lélio Lôbo (Aeronáutica) liberou o Campo de Marte (SP) para um congresso mundial de evangélicos, em setembro. A expectativa é que mais de um milhão de pessoas acompanhem o evento.

Jogo casado
Com apoio de deputados do PT, PPB e PFL, a Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara deve convocar Serjão para falar sobre o caso de compra de votos e Paulo de Tarso, sobre a acusação de corrupção no PT.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
Do deputado Carlos Apolinário (PMDB-SP), relator da lei eleitoral de 98, sobre o governo querer reduzir o tempo de campanha no pleito de 98:
- O governo não tem que querer nada. Pode, no máximo, sugerir. No Congresso, só deputados e senadores querem.

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