São Paulo, sábado, 7 de junho de 1997
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Os problemas do Tietê

FREE-LANCE PARA A FOLHINHA

"A grande importância de limpar o Tietê é permitir a vida em São Paulo", explica José Carlos Leite, 44, superintendente do Projeto Tietê.
O Projeto Tietê foi criado em 1992 para limpar o rio, mas ele andou muito devagar por um bom tempo e só foi retomado em 95.
O objetivo da primeira etapa do projeto é parar a degradação do rio e iniciar a recuperação. "Se o rio continuasse a piorar seria impossível viver em São Paulo", diz o superintendente do projeto, "porque isso atinge a saúde das pessoas e nós poderíamos ter, por exemplo, a proliferação de doenças".
Segundo ele, uma cidade do tamanho de São Paulo produz muito esgoto. Outro problema é que esse esgoto é derramado no rio Tietê ainda muito próximo do lugar onde ele nasce, em Salesópolis (SP). Ou seja, o rio é muito pequeno para tanto esgoto.
Se você colocar meio copo de suco concentrado num copo d'água e colocar a mesma quantidade em uma jarra de um litro, o suco da jarra vai ficar mais fraco.
É por isso que você pode ver no mapa que a água do rio vai ficando mais limpa longe de São Paulo. E também por causa de um fenômeno que se chama autodepuração.
Isso significa que a própria natureza também tem seus recursos, por exemplo, existem microorganismos (organismos muito pequenos) que "comem" substâncias.
Cachoeiras e a correnteza também depuram a água, colocando-a em contato com o oxigênio do ar.

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