São Paulo, domingo, 8 de junho de 1997 |
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Corretora não pôde abrir mala
LUCIA MARTINS
"Andei e fiz tantos passeios em Nova York que, quando cheguei, achei que estava cansada por causa disso. Mas comecei a sentir uma dor insistente. Tão forte que evitei trabalhar nos primeiros dias. A dor continuava e não conseguia levantar da cama. Fiquei deprimida. Tinha acabado um relacionamento de seis anos. Foi tudo junto. Fui a um ortopedista, a um reumatologista, a um clínico-geral e a um psiquiatra. O clínico me disse que eu tinha a síndrome. Fiquei mais de seis meses assim: deitada o dia inteiro, tomando remédios e assistindo à TV. Comia muito, principalmente chocolates. O doce é uma saída e uma droga. E, no fim, você tem dor e um peso a mais. Engordei 8 kg de uma vez. Após essa fase, comecei a melhorar e a trabalhar de novo. Sentia dor, mas me forçava. Nunca tive vocação para a infelicidade. Uma coisa que me ajudou muito foi a acupuntura. Às vezes, tenho que parar porque estou completamente sem dinheiro. Gastei tudo o que tinha em médicos e remédios. Tive até que vender coisas pessoais, como o meu telefone celular. Uma vez uma senhora me disse que também tinha a síndrome e que a doença não tinha cura. Foi quando comecei a aprender a viver com o problema. Hoje, ainda tenho muitas dores, fico preocupada, mas estou lutando." (LM) Texto Anterior: Pacientes se reúnem para trocar terapias Próximo Texto: 'Não conseguia me pentear' Índice |
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