São Paulo, segunda-feira, 9 de junho de 1997
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Região foi ocupada por turcos e europeus

ISABELLE SOMMA
DA REPORTAGEM LOCAL

As fronteiras atuais da Jordânia e da Síria começaram a ser delimitadas após o final da Primeira Guerra Mundial (1914-1918).
O levante, como é conhecida a região, era, juntamente com parte da península Arábica, dominado pelos otomanos, dinastia que governava a Turquia, país que apoiou a Alemanha na guerra.
Para organizar uma frente de combate aos turcos, o Reino Unido insuflou uma revolta na população dominada pelos otomanos havia quatro séculos: os árabes.
Liderada por Faisal al Hachem, a tropa formada por beduínos tinha como objetivo vencer seus opressores e conseguir a independência.
Usando técnicas de guerrilha, o desorganizado Exército árabe conseguiu chegar vitorioso a Damasco, em outubro de 1918. Ganhou, mas não levou.
Para conseguir o apoio dos árabes, o Reino Unido prometeu que, em troca, daria a independência a eles. Ao mesmo tempo, assinou o pacto de Sykes-Picot (1916), por meio do qual se comprometia a dividir o Império Otomano com a França e a Rússia.
Decepcionados, os árabes declararam, em março de 1920, que Faisal seria o novo governante da Grande Síria, composta pelos territórios que hoje formam Síria, Jordânia, Líbano e Israel.
No mês seguinte, os países aliados e a Liga das Nações (antecessora da ONU) outorgaram à França o mandato para administrar a região. Em julho, tropas francesas e árabes se enfrentaram, e Faisal teve de se exilar.
A Síria foi desmembrada e sofreu uma série de rebeliões e greves até conseguir sua independência do jugo francês, em 1946.
No mesmo ano, a Transjordânia ganhou sua independência dos britânicos, e Abdullah al Hachem, irmão mais novo de Faisal, declarou-se rei do agora Reino Hachemita da Jordânia.
Em 1921, Abdullah entrou com suas tropas em Amã, na então Transjordânia.
Por meio de um acordo, Abdullah pôde se estabelecer na região, mas teve de aceitar o domínio britânico na Palestina.
O atual rei do país, Hussein, é neto de Abdullah.

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