São Paulo, terça-feira, 10 de junho de 1997 |
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Segunda ponte pode ter cabos rompidos ROGÉRIO PANDA ROGÉRIO PANDA; MARCELO OLIVEIRA
MARCELO OLIVEIRA A pista do sentido São Paulo-Osasco da ponte dos Remédios (zona oeste) pode estar com os cabos rompidos também. Esta é a avaliação do engenheiro Lenivaldo Aguiar dos Santos, 41 anos, responsável pela obra de recuperação da ponte que rachou. Segundo Santos, o rompimento dos cabos não é, necessariamente, seguido de rachadura, como aconteceu no sentido Osasco/SP. "Alguns cabos se rompem, e os que restam dão apoio até um certo ponto, que não dá para precisar." Até a próxima semana, os responsáveis pela obra pretendem fazer um estudo para detectar possíveis cabos rompidos. Será feita uma raspagem no asfalto. O tráfego na marginal Tietê, no trecho sob a ponte em obras, só deverá ser liberado totalmente amanhã, sem previsão de horário. A ponte precisa ficar mais uma noite em observação após o término da "costura" de suas estruturas, trabalho que termina hoje. Ontem, às 9h35, foi liberada a pista local, sentido Lapa/Penha. Na madrugada de ontem, a ponte cedeu mais 2,5 cm. Às 3h30, a ponte já havia oscilado mais de 1 cm, e os operários foram retirados, por segurança. O trabalho parou por duas horas. Segundo o engenheiro Walter Farinelli, que trabalha na recuperação, 2,5 cm foi menos que o esperado. "O frio foi menor esta noite (de domingo para segunda) e a descida foi lenta e vagarosa." Segurança Segundo Lázaro Pedro Barbosa, diretor da empresa que faz a obra de recuperação, o trabalho de concretagem das caixas que vão prender os cabos de aço que emendarão a ponte seria concluído na noite de ontem. Os técnicos usariam cobertores e aquecedores elétricos para acelerar a secagem. "Depois disso, precisamos de pelo menos mais 12 horas para ver a qualidade dessa concretagem, saber se ela vai suportar a protensão (concretagem dos cabos)." Segundo Lázaro, a protensão deve terminar hoje. "Mas vamos precisar de tempo para monitorar o comportamento da ponte. Estou mexendo num 'cara' em coma." Esse tempo será a noite de hoje para amanhã. Se a ponte ceder mais (leia texto ao lado), o cronograma deverá ser modificado. Com a situação inalterada na marginal, as rotas alternativas continuam sendo a melhor alternativa para evitar o caos, enquanto os desvios aguentarem o tráfego intenso dos caminhões. O presidente do DER, Luiz Carlos David, admitiu que a rodovia Santos Dumont, alternativa para chegar à Castelo Branco, vindo da Dutra, é precária. Texto Anterior: Ponte obriga paulistano a mudar roteiro Próximo Texto: Congestionamentos extrapolam limites de SP Índice |
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