São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Lula agora admite ser candidato em 98

DA ENVIADA ESPECIAL; DA REPORTAGEM LOCAL

'FHC não vai ter a moleza de 94', diz petista
O líder petista Luiz Inácio Lula da Silva lançou ontem um desafio ao presidente Fernando Henrique Cardoso: "Eu disse que não seria candidato, mas eles que não me provoquem. Fernando Henrique Cardoso não vai ter a moleza que teve em 1994".
Admitiu que discutirá "com carinho" no PT sua candidatura -a terceira- à Presidência.
As "provocações", segundo Lula, são as denúncias de corrupção no PT, que Lula disse considerar uma "armação conservadora" para aumentar a popularidade de FHC.
O líder petista disse ter disposição para mais uma caravana pelo país, como a que fez durante a campanha presidencial de 94. "Já fiz 81 mil quilômetros de barco, de trem, de ônibus, posso fazer mais 120 mil."
São Paulo
Lula viveu sua noite de recuperação entre a militância petista anteontem à noite em São Paulo. Em debate, Lula foi aplaudido de pé, aclamado como candidato à presidente da República e, na saída, ouviu de uma petista um pedido para "trair a Marisa", a mulher de Lula.
Agendado antes do escândalo Cpem, o encontro com militantes da zona sul paulistana transformou-se em ato de desagravo a Lula, com direito a acusações de que Paulo de Tarso Venceslau, o autor da denúncia, teria agido a mando do governo federal.
"Agora que fizeram a sacanagem é que não quero conversar com ele (FHC)", afirmou Lula sobre seu possível encontro com o presidente da República.
Depois, em entrevista, Lula disse não ter provas sobre a participação do governo no caso Cpem. "Mas acho que há dedo do governo."

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