São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Vieira estudou no exterior

DA REDAÇÃO

O governador Paulo Afonso Evangelista Vieira (PMDB), 39, começou sua carreira política no PMDB, tendo sido eleito deputado estadual por Santa Catarina em 1986, com 17.731 votos.
Formado em direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, com mestrado em ciência política pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA), em 1989 Vieira assumiu a Secretaria Estadual da Fazenda.
Em 1990, Vieira foi escolhido para disputar o governo do Estado, com o apoio do governador Casildo Maldaner (PMDB). Ficou em segundo lugar, atrás de Vilson Kleinubing (PFL).
Voltou a disputar o governo do Estado em 1994. Em sua campanha, recebeu o apoio de diversas construtoras, entre as quais a Inepar. Derrotou a deputada Angela Amin (PPR) no segundo turno, com 1.288.044 votos (50,79%).
Na época, Vieira apoiava o candidato do PMDB à Presidência, Orestes Quércia. Depois da eleição, passou a integrar a ala do partido alinhada ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Ao lado de seu colega Antônio Britto (RS), tentou impedir a eleição do deputado Paes de Andrade para a presidência do PMDB.
Em julho de 1995 passou a defender a reeleição de Fernando Henrique: "Quatro anos não são suficientes para a realização de programas sociais e econômicos".
Também defendeu a realização da Farra do Boi, recentemente proibida: "Dá-se a sensação de que é prática selvagem, mas é uma tradição", declarou, em 12 de julho de 1995.
Em janeiro de 1996 anunciou uma reforma administrativa, que determinava a retenção de parte dos salários dos servidores públicos. As medidas do pacote acabaram sendo rejeitadas pela Assembléia Legislativa.
Após o fracasso, Vieira enviou projeto à Assembléia para a emissão de títulos. No dia 11 de julho, a Assembléia autorizou a emissão dos papéis. Aprovada às pressas no Senado, a venda dos títulos começou em 24 de outubro. O escândalo estourou logo depois.

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