São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Setor de energia sobe 3,2% na Bovespa

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

As ações das empresas do setor de energia elétrica foram o destaque de ontem nos negócios da Bovespa. No final do dia, acumulavam alta de 3,20%, segundo o IEE, índice da Bolsa para o setor.
No caso de Telebrás PN, que concentrou 38,7% dos negócios à vista, o pregão foi bem mais volátil, movimento provocado pela proximidade do vencimento no mercado de opções, marcado para a próxima segunda-feira (16).
No fechamento, o papel da estatal de telecomunicações recuou 0,20% com relação ao dia anterior.
No mercado de opções, grosso modo, os investidores estimam qual será o preço de uma determinada ação na data do vencimento e a partir daí adquirem o direito de comprar ou de vender o papel a esse preço, nesse dia.
Como grandes investidores participam desse mercado -e centram fogo nas opções de Telebrás, o papel de maior liquidez-, o mercado à vista acaba sentindo os reflexos da proximidade do vencimento, o que certamente continuará ocorrendo até o dia 16.
Entre as ações do setor de energia, o maior volume de negócios ficou com a Eletrobrás ON, que concentrou 3,6% dos negócios à vista, subindo 3,08%. Cesp PN veio atrás, em termos de volume negociado, subindo 6,12%.
Vale
As ações do Vale do Rio Doce do tipo PN subiram ontem 4,66%. Segundo operadores, a alta se deu por causa do início do processo de enxugamento de empresas do grupo, iniciado com as demissões na Florestas Rio Doce.
A idéia é que essa redução no quadro de funcionários servirá para aumentar a rentabilidade.
Nova York
Pelo terceiro dia consecutivo, o mercado nova-iorquino de ações fechou com recorde no seu principal indicador, o Dow Jones.
O índice encerrou a sessão superando a marca dos 7.500 pontos, a 7.539,27, subindo 0,81%.
Os investidores norte-americanos continuam na onda otimista provocada pelos últimos indicadores, que aliam crescimento da atividade econômica e estabilidade dos preços ao consumidor.
Nesse caso, raciocina o mercado, dificilmente o Fed, o banco central dos EUA, teria razões para voltar a elevar os juros da economia.

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