São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Abic avisa que café vai aumentar 30%

Setor quer exportar para Ásia e Leste Europeu

JULIANA GARÇON
DA REPORTAGEM LOCAL

O café torrado e moído deve ficar 30% mais caro nas próximas semanas caso o governo não libere mais estoques do grão. A afirmação foi feita pelo vice-presidente da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café), Américo Takamitsu Sato, na 2ª Feira do Café.
Para Sato, o reajuste é inevitável, "pois a indústria não repassou para o consumidor a alta internacional do grão, que corresponde a 60% do preço final".
Há um ano, o contrato de café foi negociado na Bolsa de Nova York por valores 85,33% inferiores ao de ontem. No entanto, a pressão internacional de alta se atenuou nas últimas semanas. Ontem o preço caiu 14% em Nova York.
Sato acredita que um aumento de até 20% no preço final do café não fará o consumo diminuir. "O café chegaria ao preço de 94, quando começou o Plano Real", diz.
Ele atribui à especulação a queda no preço do grão, que ontem foi negociado a US$ 2,18 por libra-peso (454 gramas), contra os US$ 2,96 por libra-peso do fim de maio.
Exportação
"O Brasil tem grandes possibilidades de exportar café torrado e moído para os países do Leste Europeu, China, Coréia e outros países de Ásia, que hoje consomem 4,5 milhões de sacas por ano", afirma o vice-presidente da Abic.
Para ele, à medida que o padrão de vida nesses países sobe, aumenta o consumo de café. "Precisamos de uma política de exportação de café como a da Colômbia", diz.

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