São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997 |
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Assédio à família continua até no avião IGOR GIELOW IGOR GIELOW; MARCILIO KIMURA
Os brasileiros no mesmo avião vinham dar parabéns para Alice Kuerten pela vitória do filho. "Estou muito orgulhoso", disse um passageiro, que se identificou somente como Mauro, de São Paulo. Alguns passageiros pediram para o chefe dos comissários de bordo fazer uma homenagem do capitão à família Kuerten ou a mudança deles da classe econômica para a primeira. Não foram atendidos, e nem a família em momento algum pediu tratamento especial. Alice estava muito emocionada na noite de anteontem. Chorando, ela pediu para não conceder entrevista. "Só tenho que agradecer todas essas manifestações pelo nosso Guga", disse, ressaltando que gostaria de estar com ele mais um pouco. O tenista está em Bolonha, Itália, para o torneio da cidade. Já fora do avião, os Kuerten -Alice, o irmão Rafael e a avó Olga Schlõsser- só tiveram aborrecimentos. A aeronave, vindo de Zurique, Suíça, atrasou duas horas. Para piorar, em São Paulo, o vôo de conexão para Florianópolis, da Varig, foi cancelado. O mesmo aconteceu com o vôo da Transbrasil, para o qual foram transferidos. Só puderam embarcar às 14h, com um avião da Vasp, após quatro horas e meia de espera no aeroporto de Cumbica. "Ninguém sabe informar nada aqui. É lamentável", criticou Alice, muito irritada pelas 24 horas de aeroportos e aviões. Cansada também do assédio, ela pediu para os fãs e a imprensa pararem com os festejos. "Estamos todos muito felizes, mas é um jogo. Ganhou, acabou", disse. No sábado, havia dito à Folha que não queria mudanças na vida da família devido ao sucesso obtido pelo filho. Texto Anterior: Kuerten temem 'memória curta' Índice |
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