São Paulo, quarta-feira, 11 de junho de 1997
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Diretor Waly evoca 'Fatal' de Gal

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DO ENVIADO ESPECIAL

O poeta, compositor, diretor, produtor e agitador cultural Waly Salomão -que já meteu a mão tanto no mais antológico show da cantora Gal Costa, "Fatal", quanto em espetáculo da diva brega Roberta Miranda- não poupa hipérboles ao se referir a Cássia Eller.
"Desde 'Fatal' eu não sentia tanto prazer em trabalhar com uma cantora como agora", afirma.
Ele explica a desaceleração de sua atividade como diretor musical: "Só tenho topado fazer quando sinto alguma aproximação com o artista ou quando a caixa registradora está em baixa".
Se de Gal ele extraiu interpretações antológicas de Ismael Silva, Luiz Gonzaga, Luiz Melodia, Paulinho da Viola, Jorge Ben e Roberto Carlos, de Cássia ele preferiu a concentração num só autor.
"Meu grande papel foi o de precipitador. Ela dizia que queria fazer um disco com Cazuza, mas parecia coisa de apresentadora de TV que diz que vai ter um filho e nunca tem. Eu disse: 'Ou você faz esse disco agora, antes que algum aventureiro lance mão da obra, ou tira ele da cabeça para sempre'."
"Queria um disco em que Cazuza descesse no seu cavalo. Não uma coisa piegas, sentimentalóide, mas que evidenciasse a simbiose entre Cazuza e Cássia", define.
Mais discreto no CD, Waly, 51, promete se soltar no show, que estréia em São Paulo dia 26. Ele e Eller adiantam o coquetel de autores para além de Cazuza: Melodia, Hendrix, Led Zeppelin, Stones, Luiz Gonzaga.
(PAS)

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