São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 1997
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Relatório aponta diferenças entre sexos

DA REDAÇÃO; E DA REPORTAGEM LOCAL

As mulheres continuam sendo a parcela da população que mais sofre com a pobreza, em todo o mundo, segundo aponta o relatório anual do Programa da ONU para o Desenvolvimento.
Não é uma conclusão inédita -ela já aparecia em relatórios anteriores. O relatório cria um outro índice, paralelo ao IDH, que separa o desenvolvimento humano por sexo, indicando as possibilidades às quais as mulheres têm acesso. Nenhum país tem índice de desenvolvimento por sexo (chamado IDS) melhor do que o índice de desenvolvimento humano.
Entre os países em desenvolvimento, Barbados (Caribe) é o que aparece com mais destaque no quadro do IDS -supera, por exemplo, Bélgica e Itália nas oportunidades que dá às mulheres.
A ONU divulga também uma tabela denominada Medida de Participação Ajustada dos Sexos, que é um diagnóstico do acesso que elas têm a oportunidades profissionais, políticas e econômicas. Quatro países escandinavos (pela ordem: Noruega, Suécia, Dinamarca e Finlândia) lideram esse quadro.
Em âmbito mundial, as mulheres detêm ainda apenas 13% dos cargos eletivos e 6% dos cargos governamentais.
O relatório observa que os países que têm um mau desempenho no índice de desenvolvimento humano tendem a demonstrar maus resultados também no que diz respeito às diferenças entre os sexos -Serra Leoa, por exemplo, fica em último tanto no IDH quanto no IDS. O Canadá, ao contrário, é o primeiro nos dois índices.
Nos países do Terceiro Mundo, as diferenças entre mulheres e homens aparecem com mais gravidade na educação -60% mais analfabetas do que analfabetos, por exemplo- e nos salários-eles são, em média, apenas 75% dos salários masculinos.
Nos países industrializados, o desemprego atinge sempre mais as mulheres do que os homens, observa o relatório.

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