São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 1997
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Câmara vai ouvir Motta sobre crítica a deputados

LUCAS FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Sérgio Motta (Comunicações) e o porta-voz da Presidência da República, Sérgio Amaral, serão chamados pela Câmara a explicar as críticas que fizeram a deputados que votam contra as propostas de reformas.
A mesa da Câmara aprovou ontem pedido para que os dois sejam interpelados pela Procuradoria da Casa. A solicitação foi feita por um tucano, o deputado Domingos Leonelli (PSDB-BA).
Anteontem, Motta disse que os deputados que votam contra as reformas são "inimigos do povo", e que o governo iria usar isso contra eles na campanha eleitoral de 98.
O porta-voz da Presidência, sobre a derrota na votação de uma destaque da reforma administrativa "não é do governo, mas sobretudo dos Estados, que vão deixar de ter um instrumento importante para reduzir os gastos com a folha e combater privilégios e abusos".
Amaral disse ontem que só reproduziu as palavras de FHC e que não foi "ofensivo".
Ao pedir providências, Leonelli -que votou contra o governo nesta semana- disse que "as declarações de Motta colocam em risco a democracia". Irritado, o tucano afirmou que inimigos o povo são "aqueles que compram votos" no Congresso", referindo-se à compra de votos de deputados em favor da emenda da reeleição.

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