São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 1997 |
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Alagoas ainda deve R$ 248 mi a usineiros
FÁBIO GUIBU
O valor representa praticamente o dobro dos R$ 125 milhões que há quase dez anos os empresários reivindicavam receber do Estado, por suposto recolhimento indevido do extinto ICM (Imposto sobre Circulação de Mercadorias). O relatório -entregue ontem ao governador Divaldo Suruagy (PMDB)- foi elaborado por uma comissão nomeada pelo governador, com base em dados fornecidos pelas próprias usinas, já que não havia documentos suficientes sobre o assunto na Secretaria da Fazenda. Com o levantamento, o Estado pretende renegociar o débito -uma exigência do governo federal, que impõe como condição para a execução do ajuste fiscal no Estado a solução para o caso e o aumento da arrecadação no setor. Desde que os acordos foram feitos, os usineiros deixaram de recolher o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), sob alegação de que teriam créditos com o Estado. Crise O acordo dos usineiros é um dos pivôs da atual crise financeira de Alagoas, que levou o governo federal a intervir de forma indireta no Estado. Por indicação do Planalto, o coronel da reserva do Exército, Roberto Longo, assume a Secretaria da Fazenda na próxima semana. Os acordos foram feitos com base num acórdão do STF (Supremo Tribunal Federal) que, em setembro de 87. O acórdão considerou inconstitucional a cobrança do ICM sobre a cana-de-acúcar plantada nas áreas das próprias usinas. Apesar de a decisão da Justiça não prever a devolução do que teoricamente já havia sido pago pelos empresários, o Estado concordou em devolver, na forma de créditos, o suposto prejuízo dos usineiros nos cinco anos anteriores. Texto Anterior: Comissão sobre impeachment de governador é instalada em SC Próximo Texto: Senado repete vícios e aprova rolagem de dívida de São Paulo Índice |
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