São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 1997 |
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Católicos protestam contra aborto
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
O aborto é autorizado pela Justiça quando há risco de vida para a gestante ou quando ela é vítima de estupro. Os postos de saúde teriam que expedir os laudos que são colocados junto aos pedidos feitos à Justiça. Sanção O projeto, já aprovado pelos vereadores, depende da sanção do prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB) para virar lei. Segundo sua assessoria de imprensa, Jábali ainda não decidiu se vai sancionar o projeto. "As pessoas dizem temer que a Câmara derrube um eventual veto do prefeito ao projeto", diz a vereadora Dárcy Vera (PPB), que apóia a pressão dos católicos contra a aprovação da lei. Até ontem à tarde, Vera calculava ter recebido mais de 200 manifestações, que contam com o apoio da TFP (Tradição, Família e Propriedade). Membros da TFP distribuíram nos gabinetes dos vereadores de Ribeirão Preto livros que condenam a prática do aborto. Não havia ninguém na sede da entidade, em São Paulo, para falar sobre o assunto ontem. O bispo metropolitano de Ribeirão Preto, d. Arnaldo Ribeiro, afirma que o aborto, em qualquer caso, é "assassinato". Mudança Vereadores ouvidos pela Folha, que haviam votado a favor do projeto, afirmam que podem mudar de opinião. "Podemos, se for o caso, manter o veto e abrir uma discussão sobre o aborto", afirmou Baleia Rossi (PMDB). Sebastião Xavier (PFL) disse ter ficado "sensibilizado" com as cartas que recebeu contra o projeto de lei. "Muita gente se interessou pela proposta, mas me parece que há um engano", afirmou o vereador. Texto Anterior: UFSCar recebe só 25% da verba do MEC Próximo Texto: Maioria dos abusos de menores não é investigada no Brasil Índice |
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