São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 1997
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Ciclo traz o inédito "Os Irmãos Skladanowsky"

AMIR LABAKI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

O ciclo de filmes que acompanha a exposição é um belo supletivo. A ausência mais sentida é da ficção-científica "Até o Fim do Mundo", devido à íntima relação com a mostra fotográfica. Ficaram também de fora "Tão Perto, Tão Longe" (1993), o curta "Arisha, o Urso e o Anel de Pedra" (1992) e "The End of Violence" (1997).
No mais está tudo aqui, dos curtas experimentais do início aos filmes reflexivos sobre cinema. A grande atração é o lançamento de "Os Irmãos Skladanowsky" (96).
O filme nasceu de um curta, segundo ele, "uma comédia tipo pastelão dedicada aos pioneiros do cinema alemão". A primeira parte reencena a história dos irmãos Max, Emil e Eugene por meio dos olhos de Gertrud -filha de Max.
"Os Skladanowsky trabalharam com o bioscópio, uma câmera com duas lentes, bastante inferior à desenvolvida pelos LumiŠre", afirmou Wenders à Folha.
Mas o filme insiste no falso pioneirismo, chegando mesmo a tratar os cineastas como heróis acossados por espiões. Ressuscita, assim, uma tese cara ao nazismo. É o Wenders recente mais divertido -e, de longe, o mais polêmico.
(AL)

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