São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 1997 |
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Zé do Caixão faz performance Zé do Caixão faz performance RONALD VILLARDO
"Eu sou o fruto da luta entre Deus e Lúcifer, um dos que ficaram aprisionados entre o mundo finito e o infinito, sendo liberados pouco a pouco. Comigo estavam Nostradamus e Raul Seixas, por exemplo", diz Zé. Apesar de muita gente se assustar com a figura sempre vestida de preto e com profundas olheiras eternizada por Zé do Caixão, ele insiste que as pessoas o vejam como "um ser supremo", acima do bem e do mal. O ator, produtor e cineasta defende que "as energias estão no ar" e as próprias pessoas a transformam em coisas boas ou ruins, especialmente na sexta-feira 13: "Essa é uma data na qual se atrela muita superstição. São as próprias pessoas que se entregam à auto-sugestão. Daí, coisas ruins acontecem". O mestre do terror dá algumas dicas para quem quiser tirar proveito desta noite, temida por muitos. "Como há uma grande concentração de energia no ar, a noite da sexta-feira 13 é a mais adequada para se comunicar com os mortos." Ele promete que vai dar uma mãozinha: "Vou levar quatro pombas-gira para fazer um ritual de concentração, no qual elas invocam seu mestre, que sou eu", declarou. Além disso, Zé avisa que nenhum homem deve entrar no seu caixão."Quem se aventurar fica impotente". Zé do Caixão deixa claro que só vai falar o que as pessoas estiverem precisando ouvir naquele momento em especial, de improviso. A performance tem duração exata de 15 minutos. Ele se desintegrará à décima segunda badalada do relógio. Texto Anterior: NOITE ILUSTRADA Próximo Texto: Geração 80 expõe sua conexão britânica Índice |
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