São Paulo, sexta-feira, 13 de junho de 1997 |
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Borghetti encontra músicos argentinos
IRINEU FRANCO PERPETUO
Os instrumentistas fazem, inicialmente, apresentações separadas -Falú sozinho, Borghetti e Zarba acompanhados de seus quartetos. Depois tocam juntos. O repertório é eclético. Além de composições próprias, inclui de Villa-Lobos a Piazzolla. Idealizador do projeto, Zarba chama de "caprichosas" as fronteiras da América do Sul. "Tenho muito mais vínculo com o Rio Grande do Sul do que com o oeste de meu país, assim como os gaúchos daqui estão mais ligados à Argentina que ao norte do Brasil". Piazzolla do litoral Apelidado "Piazzolla do litoral", Zarba trabalha com elementos da província de Entre Ríos, na fronteira entre Argentina e Uruguai. É praticamente o mesmo substrato gaúcho de que se serve Borghetti. "Eu cresci ouvindo música argentina e uruguaia". Entre as principais diferenças entre os dois lados da fronteira está o fato de Zarba se apresentar acompanhado de um bandoneonista, enquanto Borghetti toca outro tipo de acordeão, a gaita ponto. "O bandoneon tem todas as notas, enquanto a gaita ponto seria uma espécie de piano sem as notas pretas", explica. Já o violonista Juan Falú, que morou em São Paulo por oito anos, apresenta a música do norte da Argentina. "É uma região montanhosa, mais ligada à cultura inca do norte do Chile, Bolívia e Peru", diz. "Como, entretanto, comecei a compor no período em que estava em São Paulo, minha música tem também uma forte presença brasileira". Show: Renato Borghetti, Guillermo Zarba e Juan Falú Onde: Memorial da América Latina (av. Mário de Andrade, 664, tel. 011/823-9866) Quando: 13 e 14 de junho, às 21h Preço: R$ 10 e R$ 5 (estudantes) Texto Anterior: The Stylistics lembra velhos tempos Próximo Texto: Cena do tecno nacional tem primeiro site Índice |
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