São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997 |
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Ex-prefeito do PT pode ser investigado
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
Cópias dos documentos devem chegar na próxima semana à Procuradoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo. O pedido faz parte do relatório final da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) criada em 95 para apurar as denúncias feitas pelo publicitário Paulo Roberto Seidl de Oliveira. O relatório, finalizado em dezembro de 96, foi apreciado pelos vereadores anteontem. Na época, Seidl afirmou que sua empresa, a SPS Painéis e Serviços, havia sido prejudicada pela prefeitura em favor da Visuplac. Conforme o relatório, as duas agências disputavam o mercado de placas com espaço para mensagens educativas e publicitárias, que eram exploradas comercialmente. Nenhuma das agências teria, em 95, autorização legal para explorar o segmento. Apesar disso, a Visuplac incluía o logotipo do "Governo da Solidariedade" nas placas, símbolo da gestão petista em Ribeirão Preto. A Visuplac já operava na cidade durante o governo do ex-prefeito Welson Gasparini (PSDB), mas a autorização para a agência explorar os serviços foi cassada por Palocci em 11 de maio de 94. Seidl disse à CPI que suas placas foram retiradas em maio de 94 pela Secretaria Municipal da Fazenda. Enquanto isso, as da Visuplac teriam sido mantidas. Ao responder a um requerimento do vereador Delcides Canelli (PDT), o ex-secretário Sérgio Roxo confirmou que a Visuplac operava na clandestinidade. Palocci afirmou ontem que considera o assunto "ridículo". "As duas empresas estavam ilegais." Para o vereador Coraucci Netto (PFL), Palocci permitiu que as empresas lesassem os cofres públicos, pois operavam sem pagar impostos. "As autorizações verbais que o prefeito dava às empresas rendiam a ele propaganda de sua administração." Texto Anterior: Motta lacra telefone digital privado Próximo Texto: ONU erra em relatório e desagrada FHC Índice |
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