São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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Floyd é acusado de usar trilha de filme

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DE NOVA YORK

Quem quiser comprar o CD "Dark Side of the Moon", de Pink Floyd, em Nova York, terá enormes dificuldades. Apesar de ter sido lançado há 24 anos, o álbum voltou a fazer sucesso e pegou a gravadora Capitol Records de surpresa. Resultado: no último fim-de-semana, foi o CD mais procurado nos Estados Unidos, literalmente sumindo das prateleiras.
A razão para o "boom" nas vendas de "Dark Side of the Moon" são as especulações que dão conta de que o disco é a trilha sonora do filme "O Mágico de Oz", de 1939.
Um grupo de musicólogos descobriu recentemente que, se você assistir ao "O Mágico de Oz" e escutar o CD do Pink Floyd a partir do terceiro rugido do leão da MGM, logo no início do filme, as músicas acompanham com precisão as cenas da história.
Alguns estudiosos sugerem ainda que outros discos do Floyd, como "Meddle" e "Wish You Were Here", também foram baseados em cenas de "O Mágico de Oz".
A polêmica começou em maio, quando uma rádio de Boston, alertada pelo grupo de musicólogos, começou a tecer comparações entre o filme e o CD de Floyd.
No início do ano, "Dark Side of the Moon", o maior sucesso da história da Capitol Records, vendia, em média, 2.200 cópias por semana. Desde que a rádio de Boston lançou a polêmica, porém, as vendas subiram para 18.100 cópias semanais. Mas o auge foi no último fim-de-semana, quando atingiu a casa de 25 mil cópias, esgotando o álbum na maioria das lojas de CDs.
Várias lojas em Nova York, como Virgil, Tower Records e HMV, decidiram colocar "Dark Side of the Moon" ao lado de "O Mágico de Oz". A MGM deve lançar novas cópias de "O Mágico de Oz".
A Capitol Records, que pretendia realizar um grande evento no ano que vem para comemorar os 25 anos do lançamento do disco de Floyd, deve entrar em contato com a MGM nos próximos dias para traçar uma estratégia comum.
O Pink Floyd negou-se a fazer comentários sobre a polêmica. A assessoria de imprensa da Columbia Records deve fazer um comunicado oficial nos próximos dias.
Na Internet, fãs e estudiosos da obra do Pink Floyd têm criado vários sites para discutir a questão.

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