São Paulo, sábado, 14 de junho de 1997
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Colômbia inicia ações para libertar reféns

Militares foram detidos por guerrilha

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um helicóptero da Cruz Vermelha iniciou as operações que antecedem a libertação, amanhã, de 70 militares feitos reféns por uma guerrilha colombiana.
A aeronave partiu de Cartagena de Chairá (sul do país) em direção a algum lugar da Colômbia para recolher dez membros da Marinha e levá-los até esta cidade, onde serão libertados junto com outros 60 soldados do Exército.
Os soldados, segundo os guerrilheiros, estão sendo levados à região da cidade por terra.
Pelo Acordo de Remolinos de Caguán, nome da região, os reféns serão libertados às 10h (12h em Brasília) do dia 15 de junho.
Os integrantes do Exército foram sequestrados no dia 30 de agosto do ano passado pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em ataque a um posto militar do Departamento de Putumayo (sudoeste). Nos combates, foram mortos 27 militares.
Meses depois, em 17 de janeiro deste ano, as Farc capturaram os dez marinheiros.
A guerrilha, a maior e mais antiga do país latino-americano, conseguiu com que o governo do presidente Ernesto Samper retirasse seu contingente militar de uma área de 13.161 km2 como condição para libertar os militares.
A zona desmilitarizada, no sul colombiano, é considerada uma importante rota do narcotráfico colombiano -uma das fontes de renda das guerrilhas do país.
As Farc argumentaram que precisavam de espaço para entregar com segurança seus "prisioneiros de guerra". A desmilitarização, iniciada em 23 de maio, deve durar 32 dias.
Várias mães dos militares foram levadas a Cartagena de Chairá para recepcionar seus filhos.
Representantes internacionais também devem participar da entrega dos reféns.
Delegados de governos e órgãos humanitários da Costa Rica, Guatemala, EUA, Noruega, Espanha, Holanda, Suíça e França devem comparecer amanhã à cidade do sul colombiano.

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