São Paulo, domingo, 15 de junho de 1997 |
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LANTERNA EXTERNA
GERARD MANLEY HOPKINS Uma lanterna move-se na noite escura,Que às vezes nos apraz olhar. Quem anda Ali? -medito. De onde, para onde o manda Dentro da escuridão essa luz insegura? Homens passam por mim, cuja beleza pura Em molde ou mente ou mais um dom maior demanda. Chovem em nosso ar pesado a sua branda Luz, até que distância ou morte os desfigura. Morte ou distância vêm. Por mais que para vê-los Volteie a vista, é em vão: eu perco o que persigo. Longe do meu olhar, longe dos meus desvelos. Cristo vela. E o olhar de Cristo, em paz ou em perigo, Os vê, coração quer, amor provê, pé ante pé, com suaves zelos: Resgate e redenção, primeiro, íntimo e último amigo. Tradução de AUGUSTO DE CAMPOS Texto Anterior: As liberdades de Hopkins Próximo Texto: Tradutor lê um soneto Índice |
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