São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
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Confederação boliviana teme fracasso econômico do torneio

ALEXANDRE GIMENEZ; ARNALDO RIBEIRO
DOS ENVIADOS A SANTA CRUZ DE LA SIERRA

O descaso e a pouca presença de público nos primeiros jogos da Copa América assustaram os organizadores do torneio, que investiram cerca de US$ 20 milhões para viabilizar a disputa.
Eles temem que a competição torne-se um grande fracasso econômico, principalmente pela desilusão dos bolivianos com sua seleção, que está jogando um fraco futebol e ameaçada de não se classificar para a Copa de 98, na França.
Cerca de 10 mil torcedores viram a estréia da seleção boliviana na Copa América, contra a Venezuela. Ontem, contra o Peru, o público não ultrapassou 20 mil.
A presença da torcida nos jogos de Sucre e Cochabamba também decepcionou os organizadores.
Apenas em Santa Cruz de la Sierra, que registrou mais de 30 mil pessoas na primeira rodada, o público satisfez os dirigentes.
Segundo José Saavedra Banzer, presidente da confederação boliviana, "a competição necessita de maior calor humano". "Trataremos de criar expectativas nas cidades-sedes", afirmou.
O meia Erwin Sanchéz, maior estrela da seleção da Bolívia, também reclamou dos torcedores do país. "Poucas vezes vi um apoio tão pobre do público boliviano."
Eduardo Deluca, secretário-geral da entidade, prevê uma melhora nas próximas rodadas, após as duas vitórias da Bolívia no torneio.
"O arranque é geralmente frio, mas o interesse vai aumentando à medida que o nível do futebol vai crescendo também", disse.
Prejuízo
Um eventual lucro na Copa América seria repartido da seguinte forma: 30% para os organizadores, 10% para a confederação e 60% para os participantes.
Pelo regulamento, o déficit, por sua vez, seria responsabilidade do país organizador. (AG e AR)

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