São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

The Stylistics lembra velhos tempos

MARCELO RUBENS PAIVA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Ah, os velhos tempos... Iniciando o projeto "Motown's in the Town" (Motown na Cidade), do Bourbon Street Music Club, The Stylistics canta antigos sucessos.
Ele, que já foi considerado o melhor grupo vocal dos anos 70, veio com a formação original: Herb Murrel, Arrion Love e Russel Thompkins, que, nos seus mais de 50 anos, ainda mantém o inacreditável falsete.
Você não se lembra do The Stylistics, que começou no soul, mas se firmou na era "disco"? Então lá vai: "You are everything, and everything is you..." (repete).
O show seguiu o tradicional roteiro que identifica shows da música negra norte-americana. Uma banda de garotos abre, tocando duas músicas instrumentais para aquecer as palhetas, afinar os instrumentos e repassar o som.
Em seguida, uma vinheta curta faz um apanhado dos maiores sucessos do grupo, como "Break Up to Me" e "You Make Me Fell Brand New".
Entram os três "Stylistics" de terninho preto. Seguem um roteiro cronológico, com aquela coreografia "blackteen" que marcou a geração Motown (gravadora de música negra que lançou a nata da música pop norte-americana, como Stevie Wonder, Marvin Gaye, Michael Jackson e outros).
A coreografia é um show à parte. Ela "interpreta" com estilo as canções, todas românticas, abrindo a semana do Dia dos Namorados.
A letra diz "eu tentei telefonar", e eles colocam a mão no ouvido, imitando um telefone. Dão rodopios e estalam os dedos.
É como uma linguagem de sinais para deficientes auditivos, misturado ao balanço da "black music".
Na segunda música, cantam "Something Never Changes", que, no contexto, poderia ser traduzida como "As Coisas Nunca Mudam". The Stylistics está de volta. Um de seus maiores sucessos, "Betcha by Golly Wow!", acaba de ser regravado por Prince ("Emancipation").
O grupo, que nasceu num colégio da Filadelphia cantando soul e que, já no primeiro disco, "You're a Big Girl Now" (1970), entrou para as paradas de sucesso, voltou ao estúdio para gravar um novo disco, cujo nome não poderia ser outro: "Love Talks" (Conversas de Amor).

Texto Anterior: Arranjos latinizados vincam CD
Próximo Texto: Aos 30, Deep Purple ressurge com bônus
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.