São Paulo, segunda-feira, 16 de junho de 1997
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Hong Kong tem futuro incerto

GILSON SCHWARTZ
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Os conflitos frequentes entre as autoridades chinesas e as britânicas ao longo de 13 anos de transição desde que os dois países assinaram o tratado de 1984 dificultam uma previsão sobre o futuro de Hong Kong.
Um sinal das dificuldades é a decisão do primeiro-ministro britânico, Tony Blair, de boicotar a segunda metade da cerimônia de transferência, quando Pequim dará posse a um órgão legislativo que não foi eleito democraticamente. Depois de 156 anos de domínio britânico sobre o território, há quem tema pelos efeitos futuros desse tipo de animosidade. Na última quinta-feira, a China exigiu que as tropas da futura guarnição de Hong Kong entrassem na região antes da cerimônia de devolução, que ocorrerá à meia-noite do próximo dia 30. Os britânicos se recusam a ceder nesse ponto.
Ativistas pró-democracia já estão protestando contra essa pressão chinesa, denunciando-a como um sinal do que vem pela frente.
O governo de Bill Clinton apóia a decisão britânica de resistir às pressões chinesas. Mas os japoneses, que promoveram um degelo nas suas relações com a China nos últimos meses, se recusam a endossar as pressões do Ocidente.
No livro intitulado "Hello, Goodbye", que está prestes a ser publicado, Anson Chan, o segundo membro mais importante da administração de Hong Kong, adverte que a China poderia adotar uma política especialmente dura se suspeitar que Hong Kong esteja sendo usada como base para atividades subversivas.

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